
Toprak Razgatlioglu enfrenta de frente o desafio da Ducati: “Sinto-me de novo em 2023!”
Num regresso marcado pela determinação em Magny-Cours, Toprak Razgatlioglu, estrela da BMW, adotou uma abordagem calculada no Mundial de Superbike. Recordando a dura experiência do ano passado no FP2, quando sofreu um acidente grave que o afastou das rondas de França e Cremona, o turco mostrou-se cauteloso mas confiante. Depois de registar o melhor tempo na sessão da manhã, preferiu não forçar além dos limites, terminando em quarto lugar no final dos treinos livres de sexta-feira.
“Estou satisfeito com o dia de hoje, sobretudo porque nos concentrámos em melhorias de segurança depois do acidente do ano passado”, afirmou, transmitindo calma mas mantendo o espírito competitivo. Sublinhou a importância da serenidade: “Comecei de forma tranquila, sem querer correr riscos desnecessários, e sinto-me competitivo em ritmo de corrida.”
Apesar do arranque promissor, Razgatlioglu está consciente da ameaça da Ducati: “A moto está a comportar-se muito bem, o meu objetivo era apenas rodar e divertir-me sem procurar a volta mais rápida.” Ainda assim, quando questionado sobre se sente que tem tudo controlado, foi claro: “Não, não acho que tenha tudo sob controlo. Estou a trabalhar corrida a corrida, a tentar ganhar todas e a bater o recorde do Jonathan Rea aqui em França.”
O turco não escondeu preocupações com a aceleração: “Estamos um pouco lentos, especialmente nas saídas de curva”, confessou. Ao rodar atrás de Álvaro Bautista nos treinos, voltou a sentir o peso da superioridade da Ducati: “Sinto-me como em 2023, quando andava com a Yamaha, com sensações muito semelhantes. No ano passado estava muito mais perto da Panigale V4; agora é diferente. Com os novos regulamentos, a BMW parece mais lenta, enquanto a Ducati continua igual.”
Razgatlioglu foi direto ao admitir a superioridade da rival: “Sim, confirmo que eles souberam trabalhar melhor na gestão da redução do fluxo de combustível.”
Com rumores de uma possível transição para o MotoGP, o turco também deixou conselhos à Dorna: “O SBK precisa de mais corridas fora da Europa. Neste momento só temos a Austrália; devíamos ir à América, à Tailândia ou à Indonésia. Doze provas na Europa não chegam para um campeonato do mundo.”
E se a aventura no MotoGP não correr como esperado? Toprak mantém-se aberto: “Sim, porque não? Se ganhar no MotoGP, ficaria lá, mas não sei por quantos anos. Vamos ver.”
Com ambição feroz e vontade de conquistar, Toprak Razgatlioglu continua a ser uma força imparável no motociclismo mundial, enquanto o duelo com a Ducati aquece. O palco está montado para um confronto eletrizante — e todas as atenções estarão nele à medida que enfrenta os próximos desafios.