Portugal venceu Espanha no desempate por penáltis, por 5-4, e qualificou-se para a final do Campeonato da Europa de hóquei em patins, esta sexta-feira à noite, no Pavilhão Rota dos Móveis em Lordelo, Paredes.

A Seleção Nacional esteve a perder já no decurso da segunda parte deste duelo ibérico, com golo de Sergi Aragonés, deu a volta ao marcador, por Hélder Nunes e Miguel Rocha, mas a 29 segundos do final sofreu o empate, por César Carballeira, e forçou ao prolongamento, sem mais golos. Nos penáltis, o herói nacional foi Gonçalo Alves, que marcou dois golos. Alvarinho também faturou.

Portugal defronta na final, este sábado (21h15), a seleção francesa, que venceu Itália por 9-5.

Desde as primeiras patinadelas do jogo, Portugal evidenciou melhorias substanciais de desempenho comparativamente às três partidas da fase grupos, em que acumulou outras tantas derrotas. Mais intensa e concentrada em todas as ações, a equipa das quinas deu um claro sinal à espanhola que não seria a presa fácil do duelo inicial, que venceu por 3-1.

A contenta começou a grande velocidade, em toada de parada e resposta, e fazia prever golos, mas estes não apareceram. Foi o acerto defensivo, guarda-redes incluídos, a impor-se ao ímpeto atacante dos oponentes, que bem porfiaram, mas nunca acertaram no alvo. Houve oportunidades, de parte a parte, de inaugurar o marcador, mas flagrante apenas uma: à passagem do minuto 20, quando Eloi Cervera rematou para defesa apertada de Xano Edo, com a bola a ressaltar para cima de linha de golo, sem a transpor.

O mesmo jogador de Espanha voltou a ser protagonista quatro minutos volvidos, ao ser admoestado com cartão azul por atingir com o stique o rosto de Zé Miranda, deixando a sua equipa em inferioridade numérica os derradeiros 1.22 m da primeira parte. Todavia, Portugal não conseguiu aproveitar a situação de power play e o nulo persistiu até ao descanso.

Após o reatamento, a formação portuguesa continuou sem marcar nos 38 segundos que lhe restavam com mais um jogador do que a espanhola, e a toada de equilíbrio manteve-se nos minutos seguintes, com as únicas chances de golo a resultarem de remates de meia distância, perante blocos defensivos cada vez mais fechados. Crescia a importância de manter a baliza inviolada sobre a iniciativa ofensiva.

E foi Espanha a desatar o nó do empate. Aos 12 minutos, Sergi Aragonés conseguiu entrar na área lusa e fez a bola passar por baixo de Xano Edo. Portugal respondeu dois minutos depois, com Miguel Rocha a desviar à boca da baliza um remate forte de Luís Querido, para voltar a igualar a meia-final – que estava definitivamente lançada.

Hélder Nunes fez a reviravolta aos 18 minutos num remate de longe em que bola ressalta num jogador espanhol, traindo o guarda-redes. O terceiro golo poderia ter acontecido instantes depois, mas o esférico, desta vez, não entrou na baliza de Ballart.

Não tocou aquelas redes, tocou as portuguesas... a 29 segundos do final, por César Carballeira, a levar a decisão sobre o finalista a prolongamento.