
Para alguns, Águeda é apenas mais uma cidade do interior português, encaixada entre serras e rios, discreta no mapa e de poucas palavras aos olhos de quem apenas passa. Mas, para quem verdadeiramente a sente, para quem a vive, Águeda é muito mais do que coordenadas geográficas ou estatísticas populacionais. Águeda é um palco. Um espaço onde a vida se representa com cor, onde a arte se liberta das molduras e desce para a rua, onde a comunidade se transforma num só corpo, dançando ao ritmo de um pulsar coletivo.
Durante vinte e três dias, este palco revelou-se ao mundo com o AgitÁgueda, um dos mais vibrantes e inovadores festivais urbanos do país. Aquilo que começou como um projeto ousado tornou-se num fenómeno cultural que ultrapassa fronteiras e gerações. Em cada rua, uma instalação. Em cada esquina, uma performance. Em cada praça, um concerto. Mas o AgitÁgueda é mais do que programação artística — é um espelho da alma aguedense.
Neste festival, a arte não é espectadora, é participante. Os guarda-chuvas suspensos nas ruas não são apenas decorações: são símbolos. Tornaram-se imagem de marca, cartão de visita, motivo de orgulho. São metáforas visuais de uma cidade que ousou olhar para cima, colorir o céu, contrariar a cinzentidão e reinventar-se. São a prova de que, com criatividade e coragem, é possível transformar o espaço público em palco de beleza e partilha.
E por trás desta transformação está Edson Santos, um homem que não vê a cultura como adorno, mas como estrutura. Que não a entende como luxo, mas como necessidade. Que a vive como uma missão.
Edson Santos é, acima de tudo, um visionário. Um daqueles raros líderes que entende que a cultura tem a capacidade de tocar onde a política não chega, de unir onde a diferença divide, de despertar onde o conformismo adormece. Ao longo dos anos, construiu não apenas um festival, mas uma ideia de cidade. Uma cidade que valoriza os seus artistas, que se abre ao mundo sem perder a identidade, que oferece ao visitante muito mais do que um evento — oferece uma experiência.
Com um olhar atento ao detalhe, Edson Santos soube envolver equipas, mobilizar vontades, agregar talento e criatividade. Mas, mais importante do que tudo, soube acreditar. Acreditar que a cultura pode ser um motor de desenvolvimento. Acreditar que o investimento na arte é investimento nas pessoas. Acreditar que o futuro de Águeda pode — e deve — passar por aquilo que emociona, inspira e transforma.
O AgitÁgueda não se faz apenas com palcos e cartazes. Faz-se com a energia de quem acredita no poder do coletivo. Faz-se com os voluntários que ajudam, com os artistas que arriscam, com os técnicos que tornam possível o impossível. Faz-se com cada cidadão que, ao atravessar as ruas enfeitadas, sente orgulho em pertencer a algo maior. E esse sentimento, essa vibração que se sente no ar, é talvez a maior herança que este festival deixa à cidade: a certeza de que a cultura é pertença, é identidade, é alma viva.
Hoje, quando se fala de Águeda, já ninguém a vê como apenas uma cidade. Vê-se um símbolo de criatividade. Um exemplo de como a cultura pode ser uma ferramenta de coesão, de desenvolvimento e de projeção internacional. E por detrás desse percurso está a visão, o trabalho e a liderança de Edson Santos, cuja ação não é apenas política — é profundamente humana.
Porque, no fundo, o que se celebra no AgitÁgueda não são apenas espetáculos. Celebra-se uma forma de estar. Uma forma de sonhar. Uma forma de viver.
E isso, poucos conseguem construir. Edson Santos conseguiu.
E mais não digo…