
Não, não foi em cinco minutos que Portugal ficou com uma vantagem de cinco golos, mas foi nesse tempo que alicerçou a mesma. No arranque da qualificação para o Euro de sub-21, que também marcou a estreia de Luís Freire como selecionador, as esperanças lusas não tiveram problemas para golear o Azerbaijão em apenas 45', depois de uma etapa inicial em que os visitantes apenas resistiram.
Amplamente favorito à conquista dos primeiros três pontos em disputa, a equipa das Quinas cedo apertou a malha, mas nem por isso conseguiu desviar todos os obstáculos até às redes de Farzullayev.
Frente a uma curta seleção azeri que se limitou a defender com muitos e como pôde, Matheus Fernandes e Mathias de Amorim fizeram fluir o jogo luso sem grande dificuldade, enquanto, pela direita, Quenda e Diogo Travassos evidenciavam-se pela energia e foco de instabilidade que criavam. Por falar em instabilidade, o que dizer de Rodrigo Mora?
Desconcertante entre os muitos jogadores azeris que lhe foram surgindo, o criativo português entusiasmou as bancadas e foi o elemento mais esclarecido na hora de rematar.
Sem em determinados momentos, a Mira não foi a melhor, a trave da baliza também não foi amiga e negou uma (justa) vantagem à equipa lusitana. Do outro lado, apenas Aghadadash Salyanskiy foi capaz de motivar atenção da defensiva lusa: lutador entre os centrais, o avançado do Azerbaijão criou a única situação de real perigo da equipa de Ayxan Abbasov.
Nulo ao intervalo não precipitou
No entanto, tudo mudou num ápice no abrir do segundo tempo. Novamente com os olhos bem abertos na busca da baliza de Farzullayev, Portugal desnivelou o resultado por três vezes com toda a naturalidade que a qualidade de jogo justificava.
Rodrigo Mora chegou ao tão merecido prémio e atribuiu vantagem aos meninos de Luís Freire na sequência de uma bela jogada coletiva - Varela e Mateus Fernandes, que assistiu, em bom plano -, com os restantes momentos de festa a chegar, pouco depois. Claramente abalada com o golo consentido, a equipa azeri viu Farzullayev ficar muito mal na fotografia no momento dos golos de Quenda e Leonardo Barroso.
Com tudo resolvido, o jogo baixou de ritmo de forma abrupta, o Azerbaijão passou a ter mais posse de bola - nem por isso mais perigoso -, mas foi Portugal a chegar à mão cheia de golos.
Recém-entrados na partida, Carlos Forbs beneficiou de um ligeiro desvio de um adversário para chegar à chapa 4, com Vivaldo Semedo a fechar a contagem com um golpe de primeira e à ponta de lança.
Análise dos Jogadores: Notas e Avaliação
Rodrigo Mora (Portugal): Vagabundo atrás de Gustavo Varela foi a principal peça de uma engrenagem que, para o primeiro jogo e tendo em conta o adversário, carburou a bom nível. Desvendou espaços curtos, não hesitou no remate e acabou por ser feliz ao abrir o caminho ao triunfo de Portugal.
O Árbitro
Sempre perentório na forma como ajuizou os lances, manteve o critério numa partida fácil de arbitrar.
Incidentes: O filme do jogo












Após uma boa infiltração pela direita da área azeri, Mateus Fernandes viu Rodrigo Mora livre de oposição, cabendo ao 10 de Portugal a responsabilidade de abrir o ativo com a baliza à guarda de Farzullayev completamente deserta


Pouco depois do canto batido sobre a direita, Quenda encontra o caminho para as redes de Farzullayev por duas vezes no espaço de cinco minutos, castigando a incrível passividade da defesa azeri. Além disso, Farzullayev parece algo mal batido

Agressivo a ganhar a segunda bola sobre o lado direito da área do Azerbaijão, Leonardo Barroso tentou a sorte elevou a contagem com nova colaboração de Farzullayev. Está feito o 3-0!


Novamente com toda permissividade da defensiva do Azerbaijão, Gustavo Sá rodou como quis na zona da meia-lua e serviu Carlos Forbs. O extremo só teve de encarar o adversário e rematar com sucesso para o fundo das redes de Farzullayev, depois de um ligeiro desvio




Após uma grande jogada de envolvimento sobre a esquerda entre Mora e Parente, Vivaldo Semedo emendou, à ponta de lança, para o 5-0!

