O presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou o adiantamento das eleições como uma forma de tentar conter a extrema-direita, porém os resultados da primeira volta indicam uma aposta perdida e um final de mandato enfraquecido, além de uma imagem a ser reconstruída.
Segundo o primeiro-ministro, Gabriel Attal, o desafio na segunda volta das eleições legislativas, no próximo domingo, 07 de julho, é “privar a extrema-direita de uma maioria absoluta”
Primeiro-ministro francês acredita que o país está a travar "uma batalha justa, forte, necessária e indispensável" e anunciou que o Juntos vai retirar candidaturas nos círculos eleitorais onde a sua continuidade resultasse na eleição de um candidato do partido de extrema-direita.
"A nossa estratégia é clara: nem um voto a mais, nem um deputado a mais para a União Nacional ", disse Jean-Luc Mélenchon, líder do movimento de extrema-esquerda França Insubmissa, que forma a Nova Frente Popular juntamente com os socialistas, os comunistas e os ecologistas, numa primeira reação às
"A nossa estratégia é clara: nem um voto a mais,nem um deputado a mais para a União Nacional ", disse Jean-Luc Mélenchon, líder do movimento de extrema-esquerda França Insubmissa, que forma a Nova Frente Popular juntamente com os socialistas, os comunistas e os ecologistas.
Líder da União Nacional considerou que, ao colocarem o partido de extrema-direita à frente na primeira volta, os franceses criaram “uma esperança sem precedentes em todo o país”.
Os dirigentes da Nova Frente Popular Jean-Luc Mélenchon e Olivier Faure anunciaram hoje que vão retirar as suas candidaturas nas circunscrições em que ficaram em terceiro lugar e onde existe risco de ganhar a extrema-direita francesa.
"Vamos retirar-nos a favor de candidatos que estejam em condições de derrotar a União Nacional e com quem partilhamos o essencial: os valores da República", escreveu o partido de Emmanuel Macron, num comunicado.
Marine Le Pen, líder da União Nacional (RN), de extrema-direita, regozijou-se hoje com o resultado do seu partido nas legislativas antecipadas em França, bem à frente do Presidente Emmanuel Macron, considerando-o "praticamente aniquilado".
O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou hoje uma aliança "ampla" contra a extrema-direita na França, em que o partido União Nacional (RN) de Marine Le Pen lidera a primeira volta das eleições legislativas, segundo as primeiras estimativas.
Presidente francês pediu "uma união ampla claramente democrática e republicana" contra a extrema-direita na segunda volta das legislativas, em face da vitória da União Nacional apontada pelas primeiras projeções.
"Precisamos de uma maioria absoluta para que Jordan Bardella seja nomeado primeiro-ministro por Emmanuel Macron, dentro de oito dias", gritou a líder da União Nacional, na reação às primeiras projeções.
Partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella fica em primeiro lugar, segundo uma estimativa da Ipsos. Nova Frente Popular em segundo e partido de Macron em terceiros.
A extrema-direita do União Nacional lidera as projeções com 34% dos votos nas eleições legislativas antecipadas em França, enquanto a esquerda da Nova Frente Popular está em segundo lugar com 28,5% dos votos.
As autoridades francesas receiam que possa haver problemas este domingo à noite e Laurent Nuñez, prefeito da polícia de Paris, assinou uma ordem, a 28 de junho, a autorizar a polícia a utilizar drones para filmar a capital.
“Isto está feio dos dois lados: a união das esquerdas também não é genial. Estamos numa situação catastrófica. É preciso que os partidos do centro encontrem rapidamente uma maneira de voltar a ter relevância antes de 2027, senão vai ser uma catástrofe”, lamenta Sylvain, de 47 anos.
Emmanuel Macron e a mulher Brigitte vão votar na pequena cidade costeira de Le Touquet, no norte, enquanto a líder da União Nacional, Marine Le Pen, também planeia votar no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont, no norte, perto da fronteira belga.
A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava, este domingo, um forte aumento às 12h00 locais na França continental (11h00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022, revelou o Ministério do Interior.
A tempestade que se fez sentir, este sábado, no norte e nordeste de França, levou à queda de árvores, provocando a morte de três pessoas, anunciaram hoje as autoridades.
As mais recentes sondagens, publicadas na sexta-feira, último dia de campanha eleitoral, davam conta de uma subida da extrema-direita, que poderá obter 37% dos votos, juntamente com os seus aliados conservadores.