
Joana Diniz recorreu às redes sociais para desabafar acerca do tema saúde mental. A ex-concorrente do Desafio Final, da TVI, teve um ataque de pânico e falou sobre o assunto. “Estou numa fase em que eu própria não estou bem comigo mesma. Nunca tinha tido um ataque de pânico, tive um muito grande depois de vir do arraial. Assim que cheguei a casa entrei em modo pânico, onde a minha tensão baixou imenso, nem sequer conseguia pedir ajuda à minha mãe, nunca senti uma coisa assim. Não, não estou bem e aceitar é bom para mim. (…) O que me está acontecer é que tive um ano muito difícil, em que muita coisa se passou e eu entrei no piloto automático. (…) Não tenho motivos para me queixar, mas sinto que agora que descomprimi estou a assimilar tudo o que passou”, disse nas InstaStories, do Instagram.
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Já no perfil da sua página oficial, deixou uma sentida reflexão. “Nem Sempre Estou Bem, E Está Tudo Bem Com Isso. Ser mãe a solo já é, por si só, um ato de coragem diário. Ser empresária, então, é como entrar num ringue todos os dias — com sonhos, metas e responsabilidades como adversários que não descansam. Agora, imagina conciliar os dois. Sozinha. Abri o meu espaço com amor, dedicação e a certeza de que era um passo em frente na minha vida. E foi. Mas com ele veio também uma agenda cheia, dias que parecem não ter fim e noites que mal me deixam descansar. Tento ser tudo — mãe presente, profissional exemplar, mulher forte. Mas às vezes, o corpo falha. E a alma, essa, grita em silêncio”, escreveu a cabeleireira.
“Talvez ninguém entenda”
E acrescentou: “há dias em que me sinto a 200km/h, sem conseguir ver bem a estrada. Com as mãos no volante, sim, mas com os olhos cansados, o coração apertado e uma culpa constante a sussurrar que não estou a conseguir chegar a tudo. Que estou a falhar como mãe, como empresária, como mulher. Que estou a ficar aquém. Mostro que está tudo bem, porque às vezes é mais fácil vestir a armadura do que explicar as cicatrizes. Mas nem sempre está tudo bem. E está tudo bem com isso. Porque sou humana. Porque o amor que dou à minha filha e a paixão que tenho pelo meu trabalho não se medem pela quantidade de horas que durmo ou pelo número de tarefas que consigo concluir num dia.”
Joana Diniz rematou: “talvez ninguém entenda. Ou talvez muitas mulheres vão entender exatamente o que estou a dizer. Esta partilha não é um pedido de ajuda, é um grito de verdade. Porque ser forte também é saber admitir que estamos cansadas. Que precisamos respirar. Que merecemos colo, mesmo quando o mundo nos vê como inquebráveis. A todas as mulheres que, como eu, se sentem em piloto automático, a correr contra o tempo, saibam: não estão sozinhas. Somos muitas. E juntas, mesmo em silêncio, somos ainda mais fortes. Com amor, Joana.”
Texto: Joana Dantas Rebelo Fotos: redes sociais