Em 2024, Portugal “manteve a trajetória de crescimento”, registando, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira, a chegada de 29 milhões de estrangeiros, mais 9,3% do que em 2023.

No ano passado, Espanha manteve-se como a principal origem dos turistas, com uma quota de 24,7% entre os visitantes estrangeiros e verificando um aumento homólogo de 7,5%. O Reino Unido, com uma quota de 12%, manteve-se como o segundo principal mercado emissor de turistas, seguido pela França, que representou 11,6% das chegadas de turistas estrangeiros.

No que respeita o número de dormidas, o Reino Unido emerge como principal mercado emissor, representando 17,7% do total de dormidas de não residentes e tendo crescido 2,9% em termos de dormidas.

Os cerca de 8,5 mil alojamentos turísticos em atividade e com movimento de hospedes receberam, em 2024, 34 milhões de hóspedes, mais 4,8% que em 2023, e 88,3% de dormidas, que verificaram um crescimento anual de 3,8%.

2024 registou maior dependência de mercado internacionais desde 2017

No ano passado, as dormidas de não residentes representaram 67,7% das totais, tendo-se observado a maior dependência dos mercados internacionais, desde 2013, à exceção do ano de 2017, em que estes totalizaram 67,8% do total.

Em 2024, o mercado interno gerou 28,5 milhões de dormidas, mais 1,7% do que no ano anterior, enquanto os mercados externos deram origem a 59,8 milhões de dormidas, refletindo um crescimento anual de 4,8%.

Já a taxa de sazonalidade registou o valor mais baixo desde 2013, de acordo com o gabinete estatístico. O peso relativo dos 3 meses de maior procura relativamente ao total anual diminuiu para 36,6%, sendo o decréscimo justificando por reduções tanto do lado dos residentes (40,9%), como do lado dos turistas externos (34,5%).

Deslocações de residentes dentro do país caíram 4,7%

As deslocações turísticas dos residentes, em território nacional e estrangeiro, recuaram 3,2% face a 2023, alcançando os 22,9 milhões. A queda é explicada pela redução de 4,7% das viagens dos residentes em território nacional, que foram de 19,5 milhões, uma vez que as deslocações dos residentes para o estrangeiro aumentaram 6,2% em comparação com 2023, atingindo 3,4 milhões em 2024.

No que refere à despesa dos turistas em viagem, o valor médio fixou-se nos 276,6€, verificando um acréscimo de 14,1% no ano passado face a 2023. O gasto por viagem dos residentes foi significativamente superior nas deslocações para o estrangeiro, em que o valor médio rondou os 843,8€. Nas deslocações dentro do país, os residentes gastaram, em média, 176,7 euros.