
O turismo e a aviação civil são pilares indispensáveis para a materialização da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), considerou o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano.
Ao discursar nesta Quarta-feira, na abertura da 2.ª Conferência Ministerial conjunta da ONU Turismo e da Organização da Aviação Civil Internacional sobre Turismo Aéreo em África, o ministro de Estado disse também que os dois sectores são estratégicos e motores de geração de emprego, de captação de investimento, de promoção cultural e de inclusão social.
“Se queremos um continente economicamente integrado, precisamos de infra-estruturas que o sustentem. Precisamos de ligações aéreas regulares, seguras e acessíveis e de políticas coordenadas que favoreçam a circulação de pessoas, serviços e bens”, frisou o governante em representação do Presidente da República, João Lourenço.
José de Lima Massano afirmou que Angola tem vindo a implementar uma agenda ambiciosa de diversificação económica, onde o turismo e os transportes têm um lugar chave, e constituem uma das prioridades do país.
Segundo o ministro de Estado, o Governo está a expandir o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, com capacidade para cerca de 15 milhões de passageiros por ano.
“Trata-se de uma infra-estrutura moderna, concebida para posicionar Angola como hub regional, integrando o país nas grandes rotas do tráfego aéreo africano e internacional”, destacou.
O governante avançou ainda que a Companhia Aérea Nacional, a TAAG, está a reforçar a sua frota de aeronaves e deverá, ainda este ano, ligar Luanda a mais capitais africanas, como Abidjan, Libreville, Lusaka e Nairobi.
“A rede hoteleira e a oferta turística, no geral, também se têm expandido um pouco por todo país, devendo crescer mais ainda com os anúncios recentes de investimentos pelas cadeias internacionais de hotéis, como o Hilton, Marriot e o grupo Melia”, acrescentou.
Complementarmente, informou que se adoptou o sistema de e-Visa com processamento em até 72 horas e se implementou a isenção de vistos para cidadãos de um conjunto de países, incluindo 14 africanos.
José de Lima Massano disse tratar-se de uma política concreta de promoção da mobilidade africana e de estímulo ao turismo.
Com isso, o Executivo pretende dar continuidade à promoção dos destinos turísticos, à integração real dos operadores aéreos africanos e maior articulação entre os sectores público e privado, segundo o ministro de Estado.