O avião que se despenhou hoje em Ahmedabad, oeste da Índia, era da Air India e transportava 242 pessoas (230 passageiros mais 12 elementos da tripulação) num voo para Londres. “O voo AI171, que operava Ahmedabad-Londres Gatwick, esteve envolvido num incidente hoje, 12 de junho de 2025”, anunciou a companhia aérea.

O avião, um Boeing 787, despenhou-se numa localidade perto do aeroporto de Ahmedabad, pouco depois de descolar, segundo a polícia.

A Air India refere que o voo AI171, de Ahmedabad para Londres Gatwick, partiu de Ahmedabad às 1338 horas. Entre os passageiros estavam 169 pessoas de nacionalidade indiana, 53 de nacionalidade britânica, 1 de nacionalidade canadiana e 7 de nacionalidade portuguesa.

De acordo com as autoridades indianas, o número de vítimas pode aproximar-se das 290, número que inclui vítimas que se encontravam no solo quando a aeronave se despenhou, já que o avião caiu sobre uma zona residencial e de escritórios.

Contudo, as informações dão conta de que existe um sobrevivente. Trata-se de Vishwash Kumar Ramesh, de nacionalidade indiana e britânica, o qual viajava no assento 11A, de acordo com o Times of India.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, afirmou que os sete passageiros portugueses que estavam a bordo do avião da Air India que se despenhou terão dupla nacionalidade.

“Estariam sete cidadãos com nacionalidade portuguesa a bordo. A informação que temos, estamos ainda a confirmar, é que são cidadãos com dupla nacionalidade”, indiana e portuguesa, referiu o responsável em declarações aos jornalistas, à saída de uma cerimónia sobre os 40 anos da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

As autoridades portuguesas consultaram a lista de passageiros e verificaram que “os nomes não são de origem portuguesa, são de dupla nacionalidade”.

Os passageiros, acrescentou Emídio Sousa, “estavam a deslocar-se entre a Índia e Inglaterra e provavelmente até residiriam em permanência em Inglaterra”.

“Queria dar as minhas condolências a todos os familiares das pessoas que faleceram, em especial à Índia, porque a maioria dos nacionais era da Índia”, referiu o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu, entretanto, em comunicado, que nenhum dos sete cidadãos portugueses que morreram no acidente aéreo de hoje na Índia “possui família a viver em Portugal”.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério “lamenta o trágico acidente e reitera sentidas condolências às famílias afetadas, em particular às dos sete nacionais portugueses que faleceram na sequência da queda do avião”.

“Até ao momento foi possível apurar que nenhum dos nacionais portugueses possui família a viver em Portugal”, salienta-se na nota, em que se acrescenta que, dos sete cidadãos com passaporte português, “cinco estão registados no consulado de Londres e dois em Manchester”.

“Neste momento os familiares estão a caminho das morgues para identificar os corpos”, adianta-se na nota, na qual se refere que não chegou ainda qualquer pedido de ajuda às autoridades portuguesas.

Os consulados de Portugal contactaram os familiares residentes no Reino Unido e disponibilizaram-se para qualquer apoio necessário e a Embaixada de Portugal na Índia “já manifestou disponibilidade para toda a assistência que venha a ser requerida”.

“A Embaixada de Portugal na Índia continua a acompanhar tudo em total coordenação com as autoridades indianas, a Air Índia e a Embaixada britânica na Índia”, conclui-se na nota.

A companhia aérea informa que criou uma linha direta dedicada aos passageiros, no número 1800 5691 444, para fornecer mais informações.

A Air India assegura que está a cooperar totalmente com as autoridades que estão a investigar o incidente.

Infografia: Mehmet Yaren Bozgun/Anadolu via Getty Images

De acordo com o FlightRadar24, os dados iniciais do voo mostram que o avião subiu para uma “altitude barométrica de 625 pés” antes de descer rapidamente a uma velocidade de 475 pés por minuto.

A plataforma de localização de voos informou que o Boeing 787-8 envolvido no incidente foi entregue à companhia aérea em 2014.

com Lusa e Siladitya Ray/Forbes Internacional