A Klarna, empresa sueca na área de ‘buy now pay later’, reportou um lucro trimestral de 2,66 milhões de euros, mais 5 milhões do que no mesmo período do ano anterior, o último em que a empresa apresentou prejuízo. O CEO e cofundador, Sebastian Siemiatkowski, destaca ainda o marco dos 100 milhões de consumidores ativos, o maior crescimento neste indicador “em dois anos”, segundo o próprio.

Este é o quarto trimestre consecutivo de lucro para a Klarna, que teve um aumento anual de 15% nas receitas – sem incluir intens específicos – para 622,4 milhões de euros. O líder da empresa sublinha ainda a adoção de Inteligência Artificial (IA) como forma de tornar a Klarna mais eficiente, em termos de custos. “A taxa de receitas da Klarna continuou a aumentar, atingindo 2,77%, contra 2,71% no ano anterior, enquanto a margem das transacções em dólares aumentou 6% no final do ano para 271 milhões de dólares”, revela em comunicado.

A empresa revela ter otimizado os recursos humanos em cerca de 40%, ao mesmo tempo que o peso de colaboradores na área tecnológica subiu de 36%, em 2022, para 52% nos primeiros três meses de 2025. Mais ainda, 96% dos colaboradores usa IA diariamente, o que, de acordo com a ‘fintech’, ajudou a impulsionar a receita por colaborador em 152% desde o primeiro trimestre de 2023. A empresa realça que está encaminhada para atingir uma receita de 1 milhão de dólares (cerca de 888 mil euros) por funcionário. No que toca aos custos, a Klarna destaca ainda que, por transação, estes baixaram 40% nos últimos dois anos, ao mesmo tempo que mantiveram a satisfação dos clientes.

Em termos de comerciantes que trabalham com a Klarna, estes aumentaram 27% no trimestre, atingindo 724 mil. Foram mais 150 mil parceiros de retalho, revela a empresa, mais do dobro do trimestre anterior.

A empresa realça o seu desempenho nos EUA, onde as suas receitas cresceram 33% em termos homólogos. Neste mercado, destaca ainda a parceria anunciada com a Walmart, eBay e DoorDash. Na Europa, a Klarna sublinha o crescimento no Reino Unido e no Sul da Europa – com um em cada dez italianos a serem consumidores ativos – e ainda em mercados maduros, como é o caso da Suécia, de onde a empresa é originária.