
O diretor-geral do BBVA em Espanha, Peio Belausteguigoitia, garantiu nesta quarta-feira que o banco está a analisar a condição adicional imposta pelo Governo espanhol, que obriga à manutenção da independência jurídica, patrimonial e de gestão do Sabadell.
Esta exigência traduz-se num veto à fusão entre os dois bancos, bem como à realização de despedimentos ligados à operação ou ao encerramento de agências, durante um período que poderá variar entre três a cinco anos.
Questionado sobre se essa análise contempla a possibilidade de retirar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) ao Sabadell, Belausteguigoitia afirmou que, segundo avança o El País, “estão a ser consideradas várias alternativas”, incluindo essa opção.
“Estamos a avaliar a decisão do Governo de impor uma condição adicional à aquisição do Banco Sabadell. Estamos a analisar essa situação e, em breve, teremos novidades”, explicou durante os Cursos de Verão organizados pela Associação de Jornalistas de Informação Económica e pela Universidade Internacional Menéndez Pelayo.
O responsável indicou que “o nosso dever é considerar todas as alternativas e possibilidades”. Nesse sentido, garantiu que o BBVA tomará uma decisão “em breve”, de forma a evitar novos atrasos no processo.
Recorde-se que, entretanto, também Bruxelas já veio mostrar descontentamento quanto às condições impostas pelo Governo espanhol.
Segundo fontes ouvidas pelo El Economista, os líderes europeus não se coibirão de utilizar os seus “poderes” para eliminar “restrições injustificadas ao mercado único”. A mensagem terá sido enviada pela Comissão Europeia ao executivo de Pedro Sánchez.