
O Governo angola, através do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, negou nesta Segunda-feira as informações que indicam que a Sonangol teria alienado 26% da sua participação na Refinaria do Lobito à República da Zâmbia.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, esclareceu que o Governo, por via da Sonangol, encetou contactos com potenciais parceiros, incluindo países vizinhos, para avaliar o interesse na integração accionista e no co-financiamento da Refinaria, cujas conversações continuam em curso, sem qualquer conclusão formal até à data.
“Importa referir que não correspondem à verdade. Até ao momento, não existe qualquer formalização da entrada da Zâmbia ou de qualquer outro Estado, ou empresa, na estrutura accionista da Refinaria do Lobito. Qualquer alteração na estrutura accionista da Refinaria do Lobito só poderá ocorrer mediante aprovação legal adequada, incluindo a publicação de um Decreto Presidencial”, esclareceu o governante, citado numa nota.
A Refinaria do Lobito é um projecto estratégico retomado no primeiro mandato do Presidente da República, João Lourenço, depois de um período de paralisação.
Segundo o ministro, após a análise técnica aprofundada, procedeu-se à revisão integral do projecto, incluindo optimização do custo de investimento, com redução significativa dos valores iniciais, actualização dos padrões de qualidade do combustível de AFRI 4 para AFRI 5, assegurando menor teor de enxofre e melhor desempenho ambiental, bem como a aceleração do cronograma de construção.
“A construção encontra-se actualmente em curso, com cerca de dois mil trabalhadores no terreno e equipas dedicadas na China. Uma empresa de engenharia chinesa foi contratada para A execução das obras”, ressaltou o governante.
A Refinaria do Lobito é um projecto que terá a capacidade para processar 200 mil barris de petróleo por dia, com o objectivo de reduzir a dependência de Angola das importações de produtos refinados e impulsionar o desenvolvimento económico.