
Depois de muitos anos de conquistas como equipa satélite da Ducati, incluindo dois títulos mundiais, a Prima Pramac seguiu um caminho diferente com a Yamaha este ano.
Apesar de ser praticamente uma extensão da equipa de fábrica, as possibilidades de lutar no topo são escassas neste momento – tendo em conta que a YZR-M1 ainda é uma das motos menos competitivas do pelotão, estando em desenvolvimento para no futuro voltar aos sucessos.
Gino Borsoi, diretor de equipa da Pramac, explicou ao site GPOne.com que havia esta consciência quando foi decidido seguir este caminho: ‘Honestamente, sabíamos que este era um projeto a longo prazo e um projeto que, sobretudo nós, tínhamos de começar do zero – porque não tínhamos experiência com a Ducati. É óbvio que a mudança do projeto anterior para a Ducati teria trazido momentos… não difíceis, mas momentos para aceitar, porque estávamos muito bem habituados. E, portanto, também nós devíamos procurar melhorar e reprogramar-nos mentalmente’.
O italiano continuou: ‘Mas também devíamos procurar perceber como ajudar a Yamaha. Até ao ano passado, recebíamos material que já estava a um nível ideal, digamos assim. E, portanto, durante o fim de semana acrescentávamos o desempenho da moto e do piloto. Mas já partíamos de uma base sólida’.
A situação da Pramac com a Yamaha exige uma abordagem e expectativas diferentes, como frisou Borsoi: ‘Aqui trata-se de recriar tudo e dar as indicações corretas à Yamaha para fazer melhorar o projeto. Portanto, também nós tivemos de mudar um pouco a mentalidade e olhar para o fim de semana não pelo resultado como prestação final, mas como ser competitivo com algo que não conhecemos e em que neste momento ainda não está ao nível mas, aos poucos, está a chegar lá’.
Seja como for, a Yamaha já tem vindo a demonstrar melhorias, com Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) a conseguir as pole positions nas duas últimas rondas. Também lutou pelo pódio em Jerez e em Le Mans, enquanto no GP das Américas Jack Miller levou uma YZR-M1 da Pramac ao quinto lugar.