Poucas horas depois do golo à Itália, que permite a Portugal continuar a sonhar com a passagem à fase seguinte do Europeu feminino, Diana Gomes não esconde que este foi um momento alto da carreira.

"Já tive golos importantes, mas este coloco no topo", reconhece a defesa do Sevilha, de 26 anos, recordando: "Foi uma emoção muito grande e senti como se fosse outra companheira a marcar. Toda a gente vibrou da mesma maneira que eu e isso é que é importante, independentemente de quem marque. Queremos todas o mesmo e o sentimento é único, não dá para explicar. Nem sabia o que fazer quando vi a bola a entrar", diz, lembrando: "Ao ver a bola a vir para mim e naquele momento do jogo, só pensei: é chutar à baliza! E com o ângulo que tinha, só tive tempo de perfilar e chutar. Se levantou ou se queria mandar mais tenso... a minha intenção foi chutar e entrou!"

Diana Gomes recebeu muitas mensagens de felicitação pelo golo, mas assinala que "o mérito é de toda a equipa" e espera que este tenha sido o 'click' que faltava a Portugal depois de cinco jogos sem marcar. "Sabemos que marcar dá-nos outra confiança".

Crucial agora é vencer a Bélgica e sonhar com o apuramento. "O foco agora é o próximo jogo. É ganhar e fazer contas no final, mas ainda estamos vivos e é essa a mensagem que temos todas a dizer", adianta, comentando ainda o regresso ao sistema tático mais habitual. "Seja qual for a tática, temos de corresponder como fizemos ontem. É normal que estejamos mais habituadas ao 4x4x2 losango, mas seja qual for a opção temos de representar assim Portugal. É esse espirito que temos de levar para a Bélgica."

Proença acompanha

Refira-se que o treino desta terça-feira das Navegadoras foi acompanhado de perto pelo presidente da FPF, Pedro Proença. O dirigente fez-se acompanhar por Rui Caeiro e, juntamente com Sofia Teles, diretora da FPF que lidera a comitiva da equipa das Quinas, realizou uma visita ao centro de treinos onde as comandadas de Francisco Neto se encontram a trabalhar. Proença acompanha à tarde o Alemanha-Dinamarca, apitado pela portuguesa Catarina Campos.