6 TRUBIN – Sofrer um golo a seco (4’), logo no início da festa, é como entrar no salão e espalhar-se ao comprido, ainda que nada tenha podido fazer no remate de Trincão. Aos 23’ é que ia mesmo metendo água, quando pressionado por Gyokeres repôs mal a bola e permitiu resposta perigosa do Sporting. Terminou no entanto a primeira parte com duas boas e difíceis defesas a remates de Geny Catamo (35’) e Gyokeres (38’), esta a evitar mesmo um segundo brinde de copo ao alto dos leões.

5 TOMÁS ARAÚJO – Estava avisado para as correrias de Gyokeres, que gosta de aparecer por aquele lado e no 1-0 deixou a tarefa para António Silva, pois vinha em recuperação defensiva. Não mais o sueco teve oportunidade para brilhar na festa mas também o central, adaptado a lateral-direito, do Benfica não voltou a participar muito nas festividades.

6 ANTÓNIO SILVA – Logo aos 4’ enfrentou a fera pela primeira vez. Tomás Araújo em recuperação defensiva e António Silva a assumir a investida do sueco pelo corredor, deu-lhe uma nesga de espaço e isso é sempre fatal, não foi golo do nórdico mas foi assistência para Trincão. Aos 31’ usou a cabeça para tirar o pão da boca, neste caso da cabeça, de Geny Catamo e foi em crescendo, impedido qualquer ideia de finalização dos leões que na 2.ª parte quase não existiram.

7 OTAMENDI – O amarelo que viu logo aos 15’ não o condicionou para o resto da festa, que acabou em empate e por isso a adiar as decisões. Na sequência da falta, foi ao chão na pequena área para cortar a bola, perigosa, enviada por Tincão e logo a seguir arriscou muito no corte sobre Pedro Gonçalves. Usou dos galões de quem tem a sua experiencia para serenar a defesa e nunca se assustou com Gyokeres, que aos 84’ ainda tentou o golo mas viu o argentino secá-lo nesse lance.

6 CARRERAS – Se no duelo com Geny Catamo no corredor levou sempre a melhor, no lance do 1-0 não acompanhou Trincão pelo centro e deixou o camisola 17 dos verdes e brancos progredir sem oposição para receber a bola, redondinha, de Gyokeres e desviar do alcance de Trubin. Mas a forma como anulou o moçambicano, que até tem queda para cantar golo nos dérbis, e a maneira combinou pela esquerda prevalecem sobre o lance aos 4’.  

6 AURSNES – Se na primeira parte demorou a equilibrar o setor, na segunda permitiu com os seus movimentos interiores e exteriores equilibra-lo e desequilibrar o adversário que estava compacto a defender.

5 FLORENTINO – Teve Gyokeres muitas vezes a pisar os seus terrenos e por isso andou sempre com um olho no sueco, não fosse este ganhar o espaço que não se lhe pode dar. Ficou amarrado.

6 KOKÇU – Inconformado desde os 4’, altura em que o Sporting se colocou em vantagem no marcador, procurou sobretudo na segunda parte, quando com Aursenes pegou nas rédeas do meio-campo, ferir o leão com investidas que poderiam levar veneno. Era difícil furar a barreira verde e branca mas foi também por ação do turco que o domínio encarnado na segunda parte ganhou consistência.  

6 DI MARIA – Se Pavlidis bailou e encantou, Di María também quis dar o seu pezinho naquela que poderá ter sido a sua última dança no Estádio da Luz. Estrela à escala planetária, foi escolhido para o onze numa dúvida que permaneceu até quase a música começar a tocar. Jogou só 45’ mas na primeira parte vestiu o fato de mestre de cerimónias e foi dele o remate mais perigoso do Benfica na primeira parte (28’) da festa, que só não deu golo porque Rui Silva defendeu com dificuldade. Antes, aos 7’, já tinha atirado com perigo e aos 21’ oferecido perigo a Carreras.

6 AKTURKOGLU – Foi Di María que saiu ao intervalo mas tinha sido Akturkoglu a estar mais apagado. Não conseguia dar profundidade ao jogo e quando a bola lhe chegava era Eduardo Quaresma que mais rápido lá chegava. Aos 28’ quem mais rápido chegou à bola foi Rui Silva, que com uma palmada à flor da relva evitou que o turco marcasse quando ia isolado. Com a saída de Di María passou para a direita e foi então que aceitou a dança de Pavlidis e fez o 1-1, ainda que com a colaboração de Maxi, em quem a bola ainda bateu antes de entrar na baliza leonina.

6 SCHJELDERUP – Segunda parte irrequieta no lado esquerdo do ataque encarnado, colocou Quaresma em cuidados e muitas vezes obrigou os defesas a travarem-no em falta. Mas faltou definição e aos 90+4’ a bola que lhe chegou difícil para a cabeça acabou a sair pela linha de fundo.

5 BELOTTI – Lançado aos 71’, teve aos 76’ passe preciso para Pavlidis atirar ao poste. Teria sido a assistência do campeonato…

BRUMA – Entrou aos 83’ já depois da fase impetuosa do Benfica e já quando o Sporting trancava ainda mais a porta.

DAHL – O mesmo tempo em campo de Bruma, os mesmos efeitos (ou sem efeitos).

ARTHUR CABRAL – O brasileiro então nem tempo teve para dar o seu pezinho de dança.