O líder regional e deputado do Chega, Miguel Castro, denunciou, esta manhã, no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, a situação de “imigração desregulada, desordenada, desumana e profundamente injusta para os madeirenses” que se verifica na Região.

“A verdade é esta: importamos miséria e fechamos os olhos ao caos. E perguntamos: é isto dignidade? É isto integração? É isto solidariedade? Claro que não. É exploração humana. É tráfico de mão-de-obra barata com a cumplicidade do Estado”, referiu o mesmo porta-voz partidário.

No entender de Miguel Castro, “trazemos mão-de-obra sem qualificação, não lhes ensinamos a língua, não lhes damos formação e depois ainda nos queixamos que não somos bem atendidos”. “Como pode o madeirense ser bem servido quando quem o atende mal sabe falar português? Onde está o investimento em formação profissional e linguística para quem aqui chega?”, questionou. “E depois admiram-se que o madeirense esteja revoltado. Perguntam se o madeirense ficou mais violento. Não. O madeirense ficou é mais indignado. Mais farto. Mais cansado de ver a sua terra transformada num depósito de gente explorada por uns e esquecida por outros. A violência não nasce do povo, nasce da injustiça a que o povo é sujeito”, declarou Miguel Castro. “O Chega-Madeira não é contra quem vem para trabalhar, cumprir regras e integrar-se. Mas somos contra esta imigração desregulada, exploratória, caótica e cínica. Contra este sistema que não protege quem cá está, nem respeita quem cá chega”, rematou.