
O deputado Francisco Gomes diz-se preocupado com a ausência de "regulação eficaz do setor dos TVDE na Região" e, por isso, alerta, através de comunicado, para "o agravamento de práticas ilícitas e para o risco de escalada nas tensões entre este sector e o dos táxis".
O parlamentar eleito pelo Chega-Madeira integra a Comissão de Mobilidade do parlamento nacional e considera que o actual modelo para o transporte individual de passageiros está a criar um "ambiente de instabilidade e conflito crescente", que, a seu ver, o Estado tem ignorado com “irresponsável passividade”.
Francisco Gomes aponta que a falta de fiscalização tem extremado posições que podem, segundo diz, conduzir a confrontos mais graves, “a qualquer momento". "O Estado criou uma situação de conflito e depois virou as costas. Esta instabilidade é perigosa e só aumenta o mal-estar entre profissionais, deixando os cidadãos no meio de um conflito que ninguém quer ver agravar-se", considera.
O deputado quer a revisão da chamada Lei Uber, interrompida pela dissolução da legislatura anterior, e defende a criação de um contingente específico para os TVDE nas duas regiões autónomas. "Ou o governo intervém com coragem e bom senso, ou vamos assistir a episódios muito menos pacíficos nas ruas da Madeira. Os táxis merecem respeito e os TVDE precisam de regras. O que não pode continuar a existir é esta anarquia silenciosa", diz.
O Chega defende que a nova regulação inclua contingentes, pois acredita que "seria benéfica também para os operadores TVDE, ao permitir controlar a qualidade dos serviços, prevenir abusos e proteger a imagem" do sector, que considera ter bons profissionais, mas que é "afectado por práticas ilegais e concorrência desleal".