“O povo de Gaza deve poder usufruir de liberdade de movimento e de imigração, como é habitual em todo o mundo", afirmou o gabinete de Katz, através de um comunicado, citado pelas agências de notícias internacionais.
O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, ordenou esta quinta-feira que o Exército prepare um plano para a saída voluntária da população da Faixa de Gaza, após as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um possível deslocamento dos habitantes.
Estado hebraico tinha o seu próprio plano para incentivar a saída dos palestinianos, ao mesmo tempo que a extrema-direita quer a anexação do enclave e da Cisjordânia. Israel saiu do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
“O plano apresentado ontem pelo Presidente Donald Trump é a verdadeira resposta ao dia 07 de outubro”, defendeu Bezalel Smotrich, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, colocou, esta quarta-feira, em causa o plano do presidente americano, Donald Trump, de assumir o controlo da Faixa de Gaza
Faixa de Gaza "pertence aos palestinianos" e deverá, "tal como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental" fazer parte do "futuro Estado palestiniano", defendeu a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock
Não se fica pelo Canadá e pela Gronelândia, ouvimos com ainda mais estupor que o presidente que se julga dono do mundo também quer Gaza, esvaziada dos seus habitantes.
Trump disse na terça-feira que os palestinianos não têm outra escolha senão deixar a Faixa de Gaza porque o local é inabitável, e insistiu que quer que a Jordânia e o Egito os acolham
No final do encontro com Benjamin Netanyahu, Donald Trump disse que quer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza e reconstruam o território, depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.
“Começaram os contactos e as negociações para a segunda fase”, declarou Abdul Latif al-Qanou, porta-voz do movimento islamita palestiniano, num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Netanyahu "convocará o Gabinete de Segurança para discutir as posições gerais de Israel" sobre a segunda fase do acordo assim que regressar de Washington
O encontro, marcado para hoje, é visto como determinante para a segunda fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Netanyahu optou por adiar o envio da sua equipa de negociações para o Qatar até depois da reunião com Trump, sublinhando a importância da coordenação com Washington antes de
Desde que assumiu a presidência, Trump desbloqueou a entrega a Israel de bombas de 900 quilos, que Joe Biden tinha suspendido, e cancelou as sanções financeiras contra os colonos israelitas acusados de violência contra os palestinianos.
O exército israelita contabilizou hoje a morte de "mais de 50 terroristas", desde 14 de janeiro, no norte da Cisjordânia ocupada, incluindo 35 durante uma vasta operação militar que visava os movimentos palestinianos do Hamas e da Jihad Islâmica.
A organização islamita Hamas acusou hoje Israel de violar o acordo de cessar-fogo em Gaza devido à "insignificante" ajuda humanitária, medicamentos e combustível que está a entrar na Faixa, especialmente no norte.
O exército israelita confirmou hoje o início de uma nova operação militar na cidade de Tammun, no quadro da campanha na Cisjordânia, agora alargada ao nordeste do território.
“A destruição é inimaginável, catastrófica, é como se uma bomba nuclear tivesse atingido a zona. É uma imagem que não é possível descrever,” conta um dos pacientes que conseguiu escapar ao horror, na clínica da Médicos Sem Fronteiras na Cidade de Gaza.