“O Noah Wyle, de 'ER', foi uma inspiração para vários médicos terem ido para medicina nos anos 90. Com 'The Pitt' está a voltar a acontecer”

“The Pitt” é a série de médicos e enfermeiros que toda a gente anda a ver. A criação da HBO Max tem dedo dos autores de “ER” e parece estar a convencer os profissionais de saúde. Filipa Amaro e José Paiva convidam o editor do podcast “No Último Episódio”, João Reis, para analisar o ritmo, o tom e urgência desta série

Nuno Fox

Expresso

Desde a pandemia de Covid-19 que não se falava tanto de médicos e enfermeiros como agora. Tirando o facto de, como acontece em países como Portugal, o assunto da saúde estar sempre, infelizmente, na ordem do dia, parece que “The Pitt”, série da HBO Max, está a dar uma segunda vida ao género. Agora que “Anatomia de Grey” caminha para a 21ª temporada (e última) e outras séries socorristas não convencem tanto como antigamente, “The Pitt” imprime um realismo mais do que necessário a um típico serviço de urgência, neste caso, em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América. Mas será que esta série está a reinventar as mais do que badaladas “séries de médicos”?

João Reis no podcast 'No Último Episódio' Nuno Fox

João Reis, montador profissional e editor do podcast “No Último Episódio”, de Filipa Amaro e José Paiva, acredita que sim. Ou, pelo menos, veio abanar o estado das coisas. Feita de forma tripartida entre R. Scott Gemmill, John Wells e Noah Wyle, conhecidos por terem criado uma das maiores e mais famosas séries de sempre “ER” ("Serviço de Urgência"), “The PItt” faz algo que parece simples mas muito eficaz: “É uma série sobre a experiência de um serviço de urgências, não vai tanto beber ao estilo novela de séries como 'Anatomia de Grey', foge disso”, refere João Reis.

José Paiva, João Reis e Filipa Amaro no podcast 'No Último Episódio' Nuno Fox

15 episódios, um único turno, tal e qual a série “24 horas” e nenhuma banda sonora. “The Pitt”, que tecnicamente é quase irrepreensível segundo as críticas no que toca aos procedimentos, teve a ajuda de uma equipa de médicos e enfermeiros. Além disso, a personagem principal, o Dr. Robinavitch (Noah Wyle), tornou-se numa referência desde que “ER” estreou em 1994, sendo um dos actores (se não o actor) com mais rodagem dentro de um cenário de um hospital em ficção.

Se nos anos 90, “ER” foi uma grande inspiração para milhares de estudantes se virarem para a medicina, “The Pitt” tem a ambição de colmatar a lacuna de profissionais nos EUA com um piscar de olhos para um novo interesse pela nobre arte de salvar vidas. Já convenceu o público e a crítica, mas ter a missão de fazer algo difícil a nível governamental, parece quase impossível. Talvez não seja esse o papel da ficção. Fiquemos, mais uma vez, com a opinião de quem se tornou mesmo fã de todo este universo. “Eu, João Reis, fico sem vontade de ser médico depois de ver esta série”, remata o editor de “No Último Episódio”. E isso é muito bom sinal.

Tiago Pereira Santos com José Fernandes

Quantas vezes já quis saber mais sobre “aquele” último episódio? Encontrar respostas que criam mais perguntas e só o deixam a pensar quando é que estreia o próximo capítulo?

Em “No Último Episódio”, Filipa Amaro e José Paiva não trazem garantia nenhuma de tranquilizar os fãs de séries. Vêm para se juntar à festa.

Trazem histórias de bastidores, críticas do público vs críticas dos críticos e análises de cenas.

Tudo isto num podcast que se vai dedicar à melhor televisão internacional de 2025.

‘No Último Episódio’ vai para o ar todas as sextas-feiras no Expresso e em todas as plataformas de podcast.

O primeiro episódio será publicado a 25 de abril. Oiça aqui o trailer.