
Em fevereiro de 2022, o Correio de Azeméis ouviu dez estruturas residenciais para pessoas idosas e concluiu que existiam 704 inscrições à espera para dar entrada numa destas instituições de acolhimento. Este ano, o número subiu: todos os lares contactados estavam lotados e existem entre 869 e 931 nomes nas listas de espera.
Este ano, o Correio de Azeméis voltou a ouvir algumas das instituições que acolhem idosos no concelho de Oliveira de Azeméis, tais como o Centro Infantil e Social de Cesar, a Fundação Manuel Brandão, em Cucujães, o Lar de Idosos Dra. Leonilda Aurora da Silva Matos, em Fajões, o Centro Social e Paroquial de S. Miguel, a Villa Jasmim - Unidade de Cuidados de Saúde, o Centro Social Paroquial de Pinheiro da Bemposta, a Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro e o Lar das Garreiras, ambos em Santiago de Riba-Ul. Com a exceção da Villa Jasmim - Unidade de Cuidados de Saúde e do Lar das Garreiras, cujas despesas são totalmente imputadas aos utentes, as restantes instituições contactadas estabelecem contratos de cooperação com o Estado para a comparticipação de alguns dos custos associados ao acolhimento dos utentes.
Em 2025, o número de inscritos, que se encontra entre as 869 e as 931, aumentou face aos 704 de 2022. Ainda assim, é importante referir que este número é muito variável e impossível de precisar. “Há utentes em lista de espera que já integram outras estruturas [e não nos notificaram] e existem pessoas em espera que, possivelmente, já faleceram. A procura é de tal forma que não conseguem resposta rápida nos lares: apesar de sermos muitos, não temos o número suficiente para dar resposta à população, que se encontra muito envelhecida”, explica Alexandra Arêde, diretora técnica do lar do Centro Social e Paroquial de S. Miguel, ao Correio de Azeméis. Além disso, podem existir pessoas que se encontram nas listas de espera de múltiplas instituições em simultâneo.
Para além de questionar as instituições sobre a capacidade, o número de utentes acolhidos e as listas de espera, o Correio de Azeméis procurou saber se estas instituições tinham planos para aumentar a sua capacidade. O Centro Infantil e Social de Cesar deu-nos conta de que estão em fase de concurso público para aumentar a capacidade em seis vagas do seu lar residencial. Já a Fundação Manuel Brandão tem obras em andamento para aumentar a capacidade do lar em 13 vagas e em dez vagas o apoio domiciliário.
Na Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro e no Lar das Garreiras as obras ainda não começaram, mas as estruturas querem aumentar as suas capacidades em 15 e 17 camas, respetivamente. Por sua vez, o Correio de Azeméis também já deu conta de que, até março de 2026, o Lar de Idosos Dra. Leonilda Aurora da Silva Matos, em Fajões, quer aumentar a capacidade em 20 camas.
O Correio de Azeméis tentou contactar o Lar Santa Teresinha Omas, mas não obteve resposta. O jornal aguarda ainda as informações relativas à Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis e ao Centro da Terceira Idade de São Roque.
