Pedro do Ó Ramos deu conta das expectativas do Porto de Sines, face à futura entrada em operação do troço Évora-Elvas, já no início de 2026, que potenciará a penetração de Sines no hinterland, reduzindo a distância e tempos de trânsito e permitindo a operação de composições maiores. Com uma oferta mais competitiva e eficiente, Sines visa potenciar o seu posicionamento enquanto porto ao serviço dos importadores e exportadores Ibéricos.

 

Para além dos investimentos sob responsabilidade do Governo Português, o Porto de Sines tem vindo, de igual modo, a investir na requalificação e modernização das acessibilidades ferroviárias, num ambicioso plano de investimentos que contabiliza já 9,4M €. No entanto, a APS desenvolve ainda uma série de projetos e estudos com vista ao desenvolvimento de novas acessibilidades ferroviárias ao terminal de contentores existente e ao futuro Terminal Vasco da Gama, que totalizarão 15M €, montante este enquadrado num investimento global da ordem dos 32M €, a concretizar até 2030.

No entanto, e pese embora estas melhorias venham a contribuir para um incremento significativo do tráfego com o hinterland Ibérico, Pedro do Ó Ramos salientou que a beneficiação do corredor Sines – Madrid apenas fica completa com a intervenção do lado Espanhol, nomeadamente no troço entre Talayuela e Madrid, sendo de cabal importância encurtar o prazo de execução, prevendo-se, hoje, a conclusão dos trabalhos para 2033.

De salientar que o Porto de Sines tem vindo a afirmar-se como uma importante plataforma ferroviária de mercadorias, movimentando 70 comboios semanais com ligação direta às plataformas intermodais de Portugal e Espanha. Por outro lado, o Plano Estratégico do porto, definido para o horizonte 2020-2030, aponta o objetivo de duplicar a quota de mercado no hinterland Ibérico, fixando-se o objetivo em 8%.