HISTÓRIA DE FILIPE MARQUES NA POLÍTICA. “Eu tive um percurso muito ligado ao desporto. Quando era jovem, pratiquei desporto durante cerca de 14 anos. Depois tive aí um interregno por via profissional e voltei outra vez, ao clube da terra, em Maceira de Sarnes. Desde aí, e surgiram algumas iniciativas que já estava no nosso ADN, de alguma forma a promover as melhores condições no clube e essas condições obviamente que seriam ligadas diretamente aos atletas. Em 2013 fui convidado para a Assembleia de Freguesia, para fazer parte da equipa do PS, na altura liderada pelo Paulo Martins, e iniciei a minha parte política. Permaneci durante quatro anos, mas por questões profissionais saí no mandato seguinte, mas de toda a já estava ligado, digamos, à vida da própria freguesia, à vida da população, ao conhecimento que eu tinha da população. Mais tardem surge a possibilidade de me poder candidatar. Eu já estava ligado ao futebol, inclusive eu estava como presidente do futebol clube macieirense. Na altura, achei interessante o projeto, achei que seria o momento certo para, de alguma forma, tentar colocar o nosso cunho pessoal naquilo que eram as pretensões para a freguesia e nesse ano optei por não querer misturar as águas e estive ausente um ano da direção do futebol clube macieirense. Em 2017 iniciei esse tal caminho, já como líder da equipa, e fomos a eleições e perdemos, por uma diferença de 11 votos. Assumimos Assembleia até hoje e cá estou, de uma forma muito natural, a assumir novamente esta candidatura.”

ASSOCIATIVISMO. “Já estive ligado a uma IPSS na altura, que era a Associação de Solidariedade Social de Maceira de Sarnes, estive na direção, também a ajudar naquilo que me foi possível. Foi uma associação na altura que teve um grande projeto, que era um lar de idosos, contudo, ficámos muito tristes, porque não se conseguiu debelar todos os trâmites que eram necessários para podermos avançar com esse projeto. Era um projeto muito interessante, era um projeto que estava nas pretensões das pessoas da freguesia, porque todos nós sabemos que é um grande problema naquilo que é a comunidade hoje, a questão da camada sénior que cada vez é maior e os jovens cada vez menos e, portanto, acho que ia desempenhar um papel importante na freguesia.”

FRAGILIDADES DE MACIEIRA DE SARNES. “Nós uma freguesia limítrofe a São João da Madeira, se calhar bombardeados todos os dias por ótimas condições que a cidade ao lado tem e que pouco se tem feito em termos daquilo que é a evolução para a freguesia, em termos comparativos. Esse foi um dos motivos que me moveu a avançar para este tipo de projeto. Nós temos muitas fragilidades e temos algumas que são, de há muitos anos. Já sinto desde 2013 que na freguesia não tínhamos uma orientação, que não tínhamos uma linha de orientação, que não tínhamos um projeto para a freguesia, não sabíamos por onde é que as orientações surgiriam, as oportunidades onde se iria apostar. Não se percebe o porquê de quando há uma requalificação de uma rua e essa rua é requalificada pelas linhas traçadas que aí estão e que estão traçadas, se calhar, há mais de 15 anos. Não se cautelou ao alargamento da via, esse alargamento da via iria potenciar a ideia que temos e a vontade que temos para podermos, de uma vez por todas, tirarmos a zona industrial do papel, por assim dizer. Este é um ponto claro, que não há uma freguesia que possa evoluir sem ter uma zona industrial, sem ter um parque habitacional em que possa ser apelativo, sem ter oportunidades para os jovens poderem construir na freguesia que os vê nascer. Isto são problemas de há 20 e 30 anos atrás, portanto, eu acho que é uma boa oportunidade, já que ela não existiu antes, de tentar, de uma vez por todas, tentar resolver esses problemas.”

A FREGUESIA. “Somos uma freguesia com um orçamento extremamente baixo, mas não é um impedimento para se poder fazer obra, para se poder ter ideias, para se poder ter um plano urbanístico para a freguesia pensado e aí sim surge a tal linha de orientação que é o investimento que possa surgir em determinados parâmetros, em determinados quadrantes na própria freguesia. Agora, o facto de isso não ter acontecido, nós ficamos um bocadinho para trás e depois olhando em nosso redor, vemos freguesias que estão com alguma dificuldade financeira até e que fizeram obra. Há uma coisa que eu não consigo entender, porque é que outras freguesias têm dívida, conseguem baixar dívida e conseguem fazer investimento. Inauguramos ontem uma obra em Macieira de Sarnes que ficou a custo zero para a freguesia, e ficou a custo zero porquê? Porque fomos atrás da oportunidade.”

O QUE FALHOU. “O que falhou foi a falta de uma linha condutor, porque sabemos que o facto de falarmos numa zona industrial, o facto de falarmos num prolongamento da Rua das Laboeiras, o facto de podermos pensar num centro cívico, o facto de podermos pensar noutro tipo de obras, sabemos que existe muita dificuldade pelo meio, que existem proprietários que cedem e outros que não cedem, sabemos que uma zona industrial não nasce do dia para a noite, mas o que é certo é que nós, desde 2013, acho que já tivemos tempo mais do que suficiente para podermos ter um outro caminho nestes processos. Se fossem situações que se já estivessem num ponto de evolução muito maior, eu creio que daríamos um passo enorme para aquilo que é a evolução da própria freguesia.”

DO FUTEBOL A PRESIDENTE DE JUNTA. “Fui presidente do Futebol Clube Macieirense ao longo de 10 anos e conseguimos uma grande evolução. Nós tínhamos um campo quando não era relevado e hoje é relevado, tínhamos um parque onde tínhamos uma sede que não era o sítio mais indicado para haver uma reunião e hoje a sede está toda remodelada. Fizemos obras na bancada, fizemos um parque de estacionamento que estava em terra abatida, onde não havia condições para as pessoas poderem no inverno chegarem junto do balneário sem terem de se molhar e sujar neste caso. Este ano, avançamos com um projeto enorme que foi está relacionado com o projeto do campo de futebol praia em que está a ser terminado e, portanto, isto tudo significa que fomos atrás, aproveitamos oportunidades. Das dificuldades conseguimos tornar as nossas grandes bandeiras e, portanto, é um bocadinho isto que eu quero trazer para a Junta de Freguesia e que me quero propor a mim próprio como desafio tentar fazer algo mais.”

RESOLVER ASSUNTOS QUE TÊM 20/30 ANOS. “Uma das coisas que eu e a minha equipa nos propomos a fazer, é pegarmos em assuntos que têm 20 e 30 anos e tentarmos resolvê-los. O que a população pode tentar perceber daquilo que é esta candidatura, é que nós vamos tentar fazê-lo. Não prometemos que os vamos resolver, mas vamos dar o melhor para, de uma vez por todas, essas situações que estão por resolver há tantos anos e que nós achamos que é bastante importante para aquilo que possa ser o motor para a própria freguesia ter um caminho mais saudável naquilo que é a própria evolução, as próprias condições das pessoas, vamos tentar lutar por eles. Sei que é um grande desafio, mas penso que com muito trabalho, com o empenho de toda esta equipa, penso que conseguiremos chegar a bom porto e, portanto, acho que vamos conseguir, vamos conseguir de uma vez por todas tentar debelar esses problemas.”