
O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, afastou a possibilidade de reintrodução do Serviço Militar Obrigatório em Portugal, sublinhando que a aposta do Governo está centrada na valorização da carreira militar e no reforço das condições dos militares em regime de contrato e de voluntariado.
À margem da inauguração do Centro de Interpretação da Guerra da Restauração, em Borba, o governante recordou a sua própria experiência enquanto militar e destacou que o atual modelo de profissionalização das Forças Armadas foi uma decisão política que continua a fazer sentido.
«Portugal, num determinado momento, (…) optou pela profissionalização das Forças Armadas. E o nosso objectivo — o que nos faz sentido — é dar a estes militares que quiseram, através das Forças Armadas, cumprir sonhos para concretizarem carreiras», afirmou.
De acordo com Nuno Melo, a prioridade do poder político é assegurar melhores condições aos militares. «É nossa obrigação de poder político dar-lhes as melhores condições e é isso que estamos a fazer», disse, acrescentando que não estão a ser equacionadas alternativas como o regresso do serviço militar obrigatório, «que para já nem sequer fazem nenhum sentido».
O responsável pela pasta da Defesa sublinhou que o investimento está a ser canalizado para diversas frentes, com destaque para a valorização pessoal dos militares. «Queremos assegurar que os militares nos regimes das Forças Armadas têm melhores condições, têm melhores condições na dimensão pessoal, ou seja, melhores salários, melhores suplementos, melhores condições no caso de apoio, incapacidade ou morte, melhores condições na saúde militar, melhores condições no apoio social», afirmou.
Além das condições individuais, o ministro destacou o reforço das infraestruturas, dos equipamentos e das missões internacionais. «Temos que investir nas pessoas, investindo também nas infraestruturas, investindo também nos equipamentos militares, investindo também nas missões em quatro cantos do mundo», frisou.
Referiu ainda o papel das Forças Armadas no apoio à população civil, através de ações de busca e salvamento, repatriamento, emergência médica, combate a incêndios e transporte de órgãos para transplantes. «Investindo nas Forças Armadas [estamos a] reforçar esta dimensão como a dimensão soberana do Estado. Não há soberania sem Forças Armadas e nós estamos obrigados a esse esforço», concluiu.