A comercialização da cortiça da campanha de 2025 prossegue no Alentejo com preços estáveis, mas ainda significativamente abaixo dos verificados no ano anterior. Segundo os dados da semana 28, divulgados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), entre 7 e 13 de julho, a cotação média nacional da cortiça amadia em pilha manteve-se nos 27,4 euros por cada 15 quilos, registando uma quebra de 13,3% face à campanha homóloga de 2024.

A região do Alentejo, principal produtora nacional, apresenta atualmente uma oferta considerada média, perante uma procura de baixa a média, com a qualidade do produto classificada como média a boa.

Em termos globais, o setor da cortiça em Portugal continua a demonstrar uma forte dinâmica exportadora. Entre janeiro e maio de 2025, o país exportou 34 234 toneladas de cortiça, o que representa um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as exportações totalizaram cerca de 497,7 milhões de euros, um montante muito próximo do alcançado em 2024.

As importações mantiveram-se praticamente inalteradas em volume, com 66 226 toneladas registadas no mesmo período, o que representa uma quebra de 13%. Em valor, as importações totalizaram 66,2 milhões de euros, o que permitiu um saldo comercial positivo de 431 milhões de euros, mais 2% do que em 2024.

Entre os subprodutos analisados, destaca-se a cortiça natural, com um crescimento de 43% nas exportações em toneladas e uma subida de 199% no valor das exportações. Já a cortiça aglomerada e suas obras registaram uma quebra de 41% em quantidade e uma descida de 11% em valor.

A atual conjuntura revela um setor em adaptação a novas dinâmicas de mercado, com o Alentejo a manter-se como território estratégico na produção de cortiça, apesar da descida dos preços médios. O desempenho das exportações continua a evidenciar a relevância internacional da fileira, essencial para a economia das regiões produtoras.