A advogada de Nuno Lopes - que é acusado de ter violado e drogado a argumentista norte-americana A.M. Lukas em 2006 - emitiu um comunicado com novas informações sobre o caso. Na nota, enviada primeiramente ao jornal Correio da Manhã, a defesa do ator começou por esclarecer o pedido de um julgamento sumário.

"O pedido de julgamento sumário foi apresentado porque, neste caso em particular, veio ao nosso conhecimento que Lukas escreveu várias afirmações no seu diário na altura do alegado incidente, que reconheceu como verdadeiras. Estas afirmações contradizem as alegações do seu requerimento judicial", pode ler-se.

A defesa de Nuno Lopes garante ainda que as relações sexuais entre ambos foram consentidas e citou o diário da alegada vítima. "No diário, Lukas admite que, durante o encontro sexual, não só estava consciente, acordada e a participar ativamente, como também expressou verbalmente o desejo de ter relações sexuais com o Nuno”, refere.

O mesmo comunicado faz referência à manhã de 28 de abril de 2006, data dos alegados abusos. "[Lukas] escreve que enquanto estava sentada no colchão, terá perguntado ao Nuno num tom sedutor que usava o namorado, se iria ter sexo com ela. Ao que o Nuno, com um ar surpreendido, lhe terá perguntado de volta se ela queria que ele tivesse sexo com ela (...) Lukas escreve também sobre a sensação de ter dito ao Nuno que queria que ele ejaculasse no seu peito", lê-se.

A advogada Rute Oliveira Serôdio refere ainda que “não há qualquer prova de que Lukas tenha sido drogada, muito menos por Nuno”. "Pelo contrário, as provas disponíveis mostram claramente que Lukas terá ficado intoxicada apenas por ter consumido voluntariamente várias bebidas alcoólicas. (...) A própria Lukas especula, ao longo dos anos e no seu diário, sobre a possibilidade de ter sido drogada por outras pessoas, incluindo amigas com quem estava na festa", acrescenta.

A isto, a defesa do ator português juntou um parecer pericial do psiquiatra forense Elie Auon. “Concluiu que o comportamento dela no dia do encontro sexual é compatível com um Blackout fragmentado induzido por álcool, no qual a pessoa intoxicada age conscientemente, mas não forma memórias, aparentando estar sóbria", pode ler-se.

Por fim, a advogada de Nuno Lopes dá conta de que A.M. Lukas registou no seu diário, com data de 21 de dezembro de 2022, "plano" para conseguir "tornar público o processo cível" e ainda conseguir um contrato editorial para publicar as suas memórias.