Mantendo o lema 'Música com espírito de aventura', a 25.ª edição do FMM, organizado pela Câmara Municipal de Sines, propõe 49 concertos, de artistas de 34 países, com estreias de Bolívia, Gabão, Guatemala, Jordânia, Indonésia (Java) e Somalilândia (estado em busca de reconhecimento).

Hoje, atuam os espanhóis de Múrcia Maestro Espada (21h30) e os franceses Tago Mago (22h45) e Ko Shin Moon (24h00), estes últimos em substituição do iraniano Kamakan, impedido de viajar dada a "situação geopolítica no Irão".

A portuguesa Ana Lua Caiano subirá ao palco de Porto Covo no sábado (21h30), seguida do palestiniano Tamer Nafar (22h45) e da gabonesa Pamela Badjogo (24h00).

O FMM despede-se de Porto Covo no domingo, com mais quatro concertos -- os galegos A Pedreira (21h30), a turca Selin Sümbültepe (22h45), os italianos de Apúlia Kalàscima (24h00) e os colombianos Ácido Pantera (01h15).

A música -- e várias atividades paralelas que também compõem a programação do festival, de exposições, debates e ateliês a sessões de contos e oficinas para crianças -- viajará depois até à cidade Sines, igualmente na costa alentejana.

Youssou N'Dour (Senegal), Julieta Venegas (México), Rokia Traoré (Mali), Orchestra Baobab (Senegal) e The Mystery of the Bulgarian Voices (Bulgária) são alguns dos destaques desta edição, que vai contar ainda com um concerto de tributo ao jamaicano Max Romeo, que estava programado para o festival, mas morreu em abril.

Como habitualmente, há uma presença significativa de artistas de língua oficial portuguesa, como Nação Zumbi, Bia Ferreira, Luca Argel e Gabriele Leite, pelo Brasil; Roberto Chitsonzo, por Moçambique; Fábio Ramos, Fidjus Codé Di Dona e Fidju Kitxora, por Cabo Verde; Umafricana, pela Guiné-Bissau; e Bonga, por Angola.

Portugal estará representado, além de Ana Lua Caiano, por Lena d'Água (dia 23, às 18h00), Capicua (dia 25, às 22h15), Miss Universo (dia 26, às 18h00) e Bateu Matou (já na madrugada de dia 27, às 03h30).

Em declarações à Lusa, o diretor artístico e de produção do FMM, Carlos Seixas, sublinhou que o festival está aberto a receber "quem sabe escutar o outro", destacando-se "como um espaço de encontros, da diversidade, da descoberta e da celebração das culturas".

O Festival Músicas do Mundo venceu o prémio EFFE Award 2017, atribuído pela European Festivals Association e, entre 2016 e 2024, 14 prémios Iberian Festival Awards, oito ibéricos e seis nacionais.