O Comité do Património Mundial da UNESCO reuniu neste Domingo, 06, em Paris, para analisar, entre dezenas de outras candidaturas, propostas de Moçambique, Guiné-Bissau, Portugal e Brasil.

Até dia 16 de Julho, o Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) reúne-se para a sua 47.ª sessão, onde vai analisar e votar sobre os próximos passos a dar em relação a candidaturas que vão dos Camarões à Austrália.

De Moçambique, está proposto o Parque Nacional de Maputo, que está ligado ao parque das Zonas Húmidas Isimangaliso, na África do Sul, que já tem estatuto de Património Mundial.

Com a eventual elevação da parte moçambicana ao estatuto de Património Mundial da Humanidade, as duas partes vão avançar com conversações para encontrar uma nova forma de gestão, com a preocupação principal na movimentação das espécies.

“Caso se concretize, vai ser criado um comité conjunto e um plano operativo conjunto [com a África do Sul]. A gestão é individual de cada país, mas terá de haver coordenação em conjunto” para se “manter o valor” de ambos os parques, disse o administrador daquele parque, Miguel Gonçalves.

A candidatura da Guiné-Bissau quer a de Moçambique estão sob proposta para inscrição como Património Mundial.

Bissau candidata à lista de Património da Humanidade o arquipélago dos Bijagós, depois de em 2013 já ter sido analisada uma proposta de classificação, que acabou adiada para que fosse possível reforçar a protecção legal daquela paisagem natural.

De Portugal, o comité vai analisar a candidatura de um conjunto de obras projectadas pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, que surge na documentação preparatória da reunião com a recomendação de revisão para decisão posterior.

A candidatura é coordenada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e abrange o edifício da própria FAUP, o Museu de Serralves e o Bairro da Bouça, no Porto, a Piscina das Marés e a Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos, o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, a Igreja do Marco de Canavezes e a Casa Alves Costa em Caminha.

Do Brasil, diz a Lusa, vai estar em avaliação a candidatura do Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, com a recomendação da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de que o processo deve voltar ao país proponente para, entre outros factores, garantir a concordância do povo indígena Xakriabá.