
O Banco Sabadell anunciou nesta quinta-feira os resultados para o primeiro trimestre de 2025, tendo alcançado um lucro de 489 milhões de euros, um crescimento de 58,6% face ao mesmo período do ano anterior. A instituição espanhola justifica, em comunicado, que o aumento do resultado se deve a uma maior atividade comercial e uma redução nas provisões, em 29,2%, impulsionada pela melhor qualidade dos ativos.
O total de provisões do Sabadell foi de 148 milhões de euros. Com estes resultados, assegura o banco, foi possível melhorar o custo do risco, que baixou 16 pontos base desde março de 2024, atingindo agora 35 pontos base.
As receitas do banco mantiveram-se estáveis, baixando apenas 0,7% face a março do ano anterior. A margem financeira caiu 1,3% para 1,22 mil milhões, enquanto as receitas de comissões subiram 1,3% para 344 milhões. Do lado das despesas, o Sabadell revela que gastou 758 milhões de euros, mais 0,9% em termos homólogos, o que está em linha com o esperado, garante. Assim, o rácio de eficiência para o primeiro trimestre fixou-se em 46,2%, menos 1,4 pontos percentuais quando comparado com o ano passado.
O grupo destaca a ‘performance’ da sua subsidiária britânica, TSB, cujos resultados contribuíram com 94 milhões de euros para o resultado, um crescimento anual de 96,1%. A TSB conseguiu incrementar a sua margem financeira em 9,4% e reduzir os custos em 7,3% face ao ano anterior.
O banco conseguiu manter a sua solvabilidade, com o rácio CET1 em 13,31%. A empresa explica que o crescimento orgânico e o impacto abaixo do esperados das novas regras de Basileia contribuíram para este desempenho. Em termos de liquidez, o Sabadell tem um rácio ‘loan to deposit’ de 94,3% e um rácio de cobertura por liquidez de 197%.
Assim, o banco espanhol adianta que pretende distribuir mais 100 milhões aos acionistas neste ano, fruto dos resultados acima do esperado. Desta forma, a instituição prevê entregar 1,3 mil milhões aos acionistas até ao final do ano, entre dividendos e recompras de ações. “Este ano, o dividendo a pagar por ação vai ser igual ou maior do que o do ano passado”, garante.
No que diz respeito ao seu plano de recompra de ações, o banco informa que executou 21% do mesmo. A primeira fase, com um valor de 247 milhões, está 86,08% completa. Assim que estiver concluída, a segunda fase, de 755 milhões, vai ser lançada. O total de 1,002 mil milhões de euros equivale a um investimento de 18,69 cêntimos por ação. O banco informa ainda que que pretende distribuir todo o capital que exceda o rácio CET1 de 13%.