
A Tesla apresentou resultados trimestrais esta semana, e estes foram, mais uma vez, decepcionantes para os investidores. O volume de negócios do fabricante norte-americano de veículos elétricos caiu 16% no segundo trimestre, ficando ainda mais abaixo das expectativas dos analistas. Esta foi a maior quebra de receitas trimestrais na última década de atividade da companhia.
Como resultado imediato, as ações da Tesla caíram a pique na passada quinta-feira – cerca de 9%, para os 302 dólares (257 euros) -, o que implicou uma redução de cerca de 17 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros) no património de Elon Musk, segundo as contas da Forbes Internacional. Mesmo tendo em conta este revés, Elon Musk continua a ser o homem mais rico do mundo, agora com uma avaliação de 397,3 mil milhões de dólares (cerca de 338,3 mil milhões de euros), bem abaixo do valor máximo do final do ano passado, que chegou perto dos 450 mil milhões de dólares (cerca de 383 mil milhões de euros).
Elon Musk continua a ser o homem mais rico do mundo, agora com uma avaliação de 397,3 mil milhões de dólares (cerca de 338,3 mil milhões de euros), bem abaixo do valor máximo do final do ano passado.
Esta queda do papel Tesla reduziu assim o valor da participação de Elon Musk na marca de veículos elétricos em cerca de 12%, passando de 136,3 mil milhões de dólares (cerca de 116 mil milhões de euros) para 123,7 mil milhões de dólares (cerca de 105,3 mil milhões de euros).
Elon Musk não se deveria distrair com a política
As ações da Tesla já caíram mais de 12% este ano, embora tenham recuperado nos últimos meses, após Musk deixar o governo de Donald Trump como líder do DOGE. No entanto, alguns economistas criticaram o envolvimento contínuo de Elon Musk na política, e os analistas alertam que os investidores provavelmente estão «a ficar cansados da constante distração».
O mais recente golpe para os negócios da Tesla surge depois de Trump ter assinado a chamada «One Big Beautiful Bill», que eliminou um crédito fiscal para os consumidores que compram ou alugam veículos elétricos. Musk opôs-se aos cortes nos créditos para veículos elétricos e outras energias limpas, afirmando que seriam «incrivelmente destrutivos» para os Estados Unidos, depois de ter afirmado, em dezembro de 2024, que acreditava que «devíamos eliminar todos os créditos».
Quando questionado sobre o possível impacto do projeto de lei do presidente Donald Trump que elimina um crédito fiscal de 7.500 dólares (cerca de 6.385 euros) para a compra ou locação de um novo veículo elétrico, que deve entrar em vigor após 30 de setembro, Elon Musk disse, durante a conferência de apresentação dos resultados da Tesla, que a empresa “provavelmente terá alguns trimestres difíceis” pela frente.
(Com Ty Roush/Forbes Internacional)