O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, criticou as ameaças de Trump dizendo que tais medidas serão prejudiciais para ambos os lados do Atlântico.

"Essas tarifas não ajudam ninguém. Só prejudicam as economias de ambos os mercados", disse Wadephul numa conferência de imprensa em Berlim.

"Continuamos a confiar nas negociações" lideradas pela Comissão Europeia, acrescentou o chefe da diplomacia alemã.

A partir de Paris, o ministro delegado do Comércio Externo de França, Laurent Saint-Martin, pediu uma desescalada neste conflito, mas reiterou que a União Europeia (UE) está preparada para responder às decisões de Trump.

"As novas ameaças de Trump de aumento das tarifas não ajudam em nada durante o período de negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos. Mantemos a mesma linha: desescalada, mas estamos prontos para responder", escreveu Saint-Martin numa mensagem na rede social X.

Também o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, disse hoje que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão "prejudicar seriamente" a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.

"As tarifas ao nível anunciado não só aumentarão os preços, como também prejudicarão seriamente uma das relações comerciais mais dinâmicas e importantes do mundo", sublinhou o líder irlandês.

A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.

Donald Trump ameaçou a UE com novas tarifas com um anúncio que já está a provocar fortes quedas nas bolsas de mercados na Europa, mas também nos Estados Unidos.

Na sua mensagem, o Presidente dos EUA manifestou a sua impaciência com as negociações comerciais em curso com a UE, que, segundo ele, "não estavam a conduzir a lado nenhum".

Para já, a Comissão Europeia não quis comentar esta decisão do Governo dos Estados Unidos.

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