
JETA Holding, plataforma de inovação e desenvolvimento de negócios, quer consolidar a sua rede de cuidados de saúde em Angola, expandir as plataformas digitais de diagnóstico, formação e gestão de dados de saúde, lançar soluções fintech focadas na inclusão financeira para populações carenciadas e entrar em pelo menos dois novos mercados africanos com equipas locais completas e infra-estruturas operacionais.
Após estabelecer as suas bases em Angola, o grupo, apresentado esta Sexta-feira, 27, em Luanda, diz que está já a desenvolver operações na Costa do Marfim e no Senegal, considerando dois mercados dinâmicos com uma procura crescente de infra-estruturas de saúde, inovação digital e acesso financeiro.
Da tecnologia financeira à tecnologia da saúde, da educação digital à energia limpa, considera a Holding, o continente africano tem o potencial de gerar soluções não só para si próprio, mas também para o mundo.
Neste contexto, a JETA sustenta que pretende ajudar acelerar essa transformação, trazendo as infra-estruturas, as parcerias e a visão que desbloqueiam esse potencial – de forma responsável e inclusiva.
Segundo o CEO da JETA Holding, Doron Ben Sira, o foco principal do grupo é trabalhar efectivamente com o sector privado, sem descartar a prestação de serviços ao publico.
“Efectivamente, o grupo r, por exemplo, constrói todos os hospitais que nós conhecemos, mas é preciso trazermos serviços para estes hospitais. Se o Governo quiser comprar serviços ou equipamentos, obviamente estamos disponíveis numa perspectiva comercial”, clarificou.
Doron Ben Sira explicou que o grupo começou as suas operações em Novembro de 2024, porém relativamente aos investimentos, afirmou que são questões que ainda estão a trabalhar.
Com um posicionamento estratégico pan-africano, a JETA nasce da ambição de acelerar o progresso sustentável no continente africano, investindo em sectores estruturantes como a saúde, tecnologia, cibersegurança, fintech e transformação digital.
A JETA acredita que Angola pode tornar-se um motor regional de inovação e desenvolvimento e, a partir de Luanda, está a construir uma plataforma com alcance continental, apoiada por equipas locais, visão regional e conhecimentos globais.
Três subsidiárias especializadas e complementares do grupo
Aliva Saúde é um ecossistema de saúde integrado que actua nas áreas clínica, laboratorial, bem-estar e literacia em saúde, oferecendo uma abordagem centrada na pessoa, com serviços de excelência e soluções pensadas para um cuidado contínuo e humanizado.
Yapama Saúde é uma empresa especializada em equipamentos médicos e consumíveis hospitalares, com forte presença na área de diagnóstico e laboratório, imagiologia e áreas médico-cirúrgicas.
Representa algumas das mais relevantes marcas globais, com soluções completas, distribuição de equipamentos e consumíveis, à formação de profissionais de saúde, manutenção técnica (local e remota) e projectos integrados para departamentos clínicos, desde o planeamento estratégico à optimização de infra-estruturas.
New Cognito, uma empresa especializada em serviços de ICT, cibersegurança e transformação digital de organizações públicas e privadas, desenvolve soluções tecnológicas adaptadas à realidade africana, com foco na modernização de instituições e na protecção de infra-estruturas críticas.
“Estes três sectores são pilares interdependentes do desenvolvimento: os cuidados de saúde definem a qualidade de vida, a tecnologia permite o acesso, a escala e a eficiência, e a fintech liga as pessoas a sistemas que potenciam o seu crescimento”, afirmou o CEO.
Sobre o motivo pelo qual Angola foi escolhida como empresa de lançamento para a expansão da JETA, Doron Ben Sira defendeu que o país tem “um potencial extraordinário, um posicionamento geográfico estratégico e uma população jovem e ambiciosa”, ainda que apresente “muitos dos desafios estruturais – em termos de cuidados de saúde, infra-estruturas digitais e inclusão financeira – que motivaram a criação da JETA”.
“A escolha de Angola como base não foi apenas uma decisão comercial, mas também um compromisso estratégico. Acreditamos que Angola pode tornar-se um motor regional de inovação e desenvolvimento e, a partir de Luanda, estamos a construir uma plataforma com alcance continental, apoiada por equipas locais, visão regional e conhecimentos globais”, detalhou.