
Relativamente a 2027, os economistas do banco central mantiveram a previsão de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,3%, em linha com a estimativa feita em março.
De acordo com o comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Governadores que hoje decorreu em Frankfurt, na Alemanha, a manutenção da projeção quanto ao crescimento em 2025 "reflete um primeiro trimestre mais forte do que o esperado, combinado com perspetivas mais fracas para o resto do ano".
Embora preveja que a incerteza em torno das políticas comerciais "pese sobre o investimento empresarial e as exportações, sobretudo no curto prazo", o BCE entende que o aumento do investimento público em defesa e infraestruturas "apoiará cada vez mais o crescimento no médio prazo".
Paralelamente, "rendimentos reais mais elevados e um mercado de trabalho robusto permitirão às famílias gastar mais", o que, a par de condições de financiamento mais favoráveis, "deverá tornar a economia mais resiliente a choques mundiais".
O banco central indica ainda que, num contexto de elevada incerteza, os especialistas também avaliaram alguns mecanismos através dos quais diferentes políticas comerciais poderiam afetar o crescimento e a inflação em cenários ilustrativos alternativos.
Nesta análise de cenário, que será publicada posteriormente, se nos próximos meses ocorrer uma maior escalada das tensões comerciais, o crescimento e a inflação ficariam abaixo do previsto no cenário de referência das projeções.
Em contrapartida, se as tensões comerciais fossem resolvidas com um resultado favorável, o crescimento e, em menor medida, a inflação ficariam acima do previsto nesse cenário.
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