O Conselho de Governo do Banco de Espanha aprovou esta semana o seu novo Plano Estratégico 2030, que delineia a transformação interna da instituição ao longo dos próximos

anos.

O plano, estruturado em quatro pilares — Transformação Cultural e Organizacional, Tecnologia, Talento e Transparência —, pretende adaptar o banco às exigências de um contexto económico e financeiro cada vez mais complexo e desafiante.

Segundo o Banco de Espanha, o plano assenta em 14 iniciativas, desenvolvidas com base numa “forte componente participativa”, envolvendo colaboradores em focus groups e equipas transversais de trabalho. O objetivo é reforçar a agilidade, a flexibilidade e a capacidade de resposta do banco, promovendo uma estrutura mais colaborativa e eficiente. O documento será apresentado publicamente na próxima quarta-feira.

A nova estratégia não se limita à definição de objetivos. Inclui também uma reestruturação organizacional, aprovada pela Comissão Executiva. Este modelo procura romper com estruturas exclusivamente hierárquicas, criando dependências funcionais articuladas por pessoas com responsabilidade de interligar áreas e potenciar sinergias entre departamentos.

Tem como objetivo a transformação interna do banco, ao mesmo tempo que orienta os seus esforços para gerar o maior valor possível para a sociedade. “Os bancos centrais desempenham cada vez mais funções, de maior complexidade e em ambientes mais exigentes e, por isso, é fundamental dotá-los de maior flexibilidade, agilidade, transversalidade e eficiência no desempenho das suas funções. Este é o propósito deste novo Plano Estratégico”, refere o supervisor espanhol em comunicado.

Com este plano, o Banco de Espanha pretende posicionar-se como um banco central mais moderno, preparado para os desafios da nova década, e comprometido com a criação de valor público através de uma gestão mais inteligente, inclusiva e eficiente.