O Torneio de Verão da Póvoa de Varzim vai para Guimarães, porque o Vitória bateu o Aves SAD no desempate por penáltis, após um empate (1-1) no tempo regulamentar entre duas equipas que entraram neste jogo invictas na pré-época.

O Vitória de Guimarães fez o segundo jogo em 24 horas; o Aves SAD, o segundo em… 27 horas. E numa fase ainda relativamente inicial da pré-temporada, com muitas substituições de parte a parte, as duas equipas não protagonizaram um jogo inspirado, mas sim com ritmo baixo e, por vezes, pouco esclarecido.

Até foi o Aves SAD a dar o primeiro sinal de perigo, com um remate de Pedro Lima (3’) que assustou Charles. Respondeu o Vitória quase da melhor maneira. Telmo Arcanjo, sempre com um perfume diferenciado no toque de bola, descobriu Nuno Santos na área, mas o avançado não marcou porque Simão Bertelli fez uma defesa monstruosa.

À falta de golo, deu para perceber que Luís Pinto quer ver a sua equipa a ter um jogo muito associativo, de passe curto, mas também a procurar as desmarcações dos alas – neste jogo destacaram-se Lebedenko e Vando Félix. Atrás, a defesa vimaranense era permeável e permitiu remates perigosos de John Mercado (27’) e Edson Mucuana (32’).

No primeiro minuto da 2.ª parte, Rodrigo Duarte disparou à trave da baliza avense antes de o jogo baixar muito de ritmo, fruto de muitas substituições e do cansaço acumulado.

Rápido que nem uma Balla

Quando o desempate por grandes penalidades parecia o cenário mais provável, Balla Sangaré partiu a equipa do Vitória ao meio com uma grande aceleração e descobriu Guilherme Neiva na área. O reforço vindo do Oliveira do Hospital descobriu, com calma, o caminho para o golo (89’).

A raça vitoriana ainda teve uma palavra a dizer – a equipa nunca perdeu a crença e foi recompensada por Oumar Camara, que ganhou um penálti cometido por Gustavo Mendonça. Nélson Oliveira (90+2’) não tremeu e bateu bem o penálti, mas Bertelli ainda ficou muito perto de defender.

Tiro de Balla saiu pela culatra

Com o apito final, Luís Pinto reuniu as tropas para dar o mote para a decisão do torneio. José Mota assistia de longe, num camarote, por estar a cumprir castigo na sequência de uma suspensão de 90 dias que lhe foi aplicada, devido a incidentes no play-off contra o Vizela que encerrou a época passada.

A terminar a série dos primeiros cinco penáltis, Rodrigo Duarte teve a chance de fechar as contas para o Vitória, mas atirou ao poste e Tiago Galletto garantiu que o torneio seria decidido na morte súbita.

Aqui os nervos falaram mais alto. Dieu Michel falhou e Sangaré teve a hipótese de ganhar o torneio para o Aves SAD. Com os calções subidos e as meias em baixo, mostrando as caneleiras, o costa-marfinense desperdiçou e acertou na trave.

O jovem Camara é que foi decisivo de novo e marcou com um pontapé que quase levava Bertelli para dentro da baliza. Depois, Juan Castillo defendeu com os pés o remate de Diego Duarte e garantiu a vitória dos vimaranenses.