
Samuel Soares (7)
Soberbo. A tranquilidade, solidez e confiança demonstrada ao longo de todo o jogo. Tornou-se, aos 22 anos, na 4.ª águia mais jovem na baliza numa final de Taça (atrás de Oblak, José Bastos e Moreira) e não tremeu. A frieza com que driblou Gyokeres (45) é prova dessa confiança numa partida na qual foi imperial no jogo aéreo, muitas saídas arrojadas (na retina ficou um lance com Maxi Araújo, 57) e um remate a Gyokeres (98). Entre muitos outros lances apertados nos quais mostrou segurança.
Tomás Araújo (5)
Correto. Não assinou uma exibição de encher o olho, sempre a procurar fechar o corredor direito e as constantes subidas de Maxi Araújo, e esteve em bom plano, retirando espaço e profundidade aos alas leoninos sobretudo na primeira parte.
António Silva (4)
Marcado. Com uma cruz nos lances determinantes. Até começou bem, sem complicar, atento às movimentações de Gyokeres como central do meio no sistema renovado de Lage, mas borrou a pintura em momentos-chave. Ao ser ultrapassado por Gyokeres no lance que originou a grande penalidade e, já nos momentos finais, num lance genial de Trincão, ultrapassando-o num túnel, o leão fechou as contas.
Otamendi (6)
Guerreiro. As marcas de guerra no final da partida foram bem visíveis. Correu, lutou, um dos últimos a cair, sempre com garra e determinação. Aos 15 e 54 minutos tirou golos a Hjulmand, com cortes perfeitos, sempre ligado à corrente, entrega fantástica. Uma exibição beliscada, apenas, no lance do golo de Harder em que parece cair após sentir um encosto de Gyokeres.
Carreras (7)
Dinâmico. Sem a profundidade no corredor (até porque atuou pela esquerda no trio defensivo encarnado) conseguiu retirar o brilho e imprevisibilidade de Geny Catamo. Eficaz nas tarefas defensivas, ainda espreitou algumas saídas (excelente cavalgada aos 24’ oferencendo o golo a Akturkoglu), sempre com critério, sem expor a equipa na sua zona de ação. Um dos mais regulares em jogo nivelado por cima.
Dahl (5)
Rígido. Demasiado preso numa zona central do terreno, um cartão amarelo (por simulação) ainda cedo que o condicionou como, de resto, se viu em alguns lances nos quais pareceu demasiado macio numa zona fundamental. Com a saída de Kokçu, o sueco perdeu ainda mais fulgor e só apareceu a espaços, como no prolongamento, quando lançou Leandro Barreiro atirou com perigo para a baliza de Rui Silva.
Florentino (6)
Inteligente. Na ocupação dos espaços no meio-campo. Muitas faltas nos minutos iniciais, a travar o ímpeto leonino, inteligente na dinâmica defensiva da equipa, com boas movimentações, a encher o campo com fulgor e ritmo. Após uma primeira parte muito positiva, na qual foi um dos melhores, foi dos que mais acusou o desgaste no segundo tempo e isso ficou evidente quando, no último suspiro do leão, já depois dos 90’, não trava Trincão no lance que haveria de originar o penálti de Gyokeres.
Bruma (6)
Articulado. Com a equipa, as novas ideias de Bruno Lage, atuando numa zona adiantada, no apoio a Pavlidis e Akturkoglu, e enquanto teve pilhas esteve sempre a procurar criar, conduzir e... rematar. Foi dos que mais arriscou (ainda colocou a bola na baliza de Rui Silva mas lance foi invalidado pelo VAR), mas sempre ligado ao jogo. O balão só esvaziou na etapa final quando saiu em cima dos 90’.
Akturkoglu (5)
Vertical. Sempre em busca de lances em profundidade pelo corredor esquerdo mas com pouca bola e... pouca assertividade na decisão. A perda de bola comprometedora para Eduardo Quaresma (46) é exemplo de alguns lapsos de concentração que os leões foram aproveitando. Ponto positivo? Esteve no desenho do golo de Kokçu com uma assistência perfeita para o compatriota. Mas foi curto...
Pavlidis (5)
Desviado. Aquele remate que só parou no ferro após desvio de Rui Silva. Decisivo a cair em zonas de pressão nas saídas do Sporting, eficaz a anular a construção dos leões no seu setor defensivo, nunca deixou de procurar uma nesga para fazer a diferença, os quais raramente apareceram. Criou perigo, com golpe de cabeça (29’) após canto e um ligeiro toque isolou Bruma para o 2-0 mas o golo haveria de ser anulado pelo VAR.
SUPLENTES
Renato Sanches (4)
Manchado. Pela grande penalidade sobre Gyokeres que deu vida ao leão no último suspiro da partida. Entrou para o lugar de Kokçu, procurou ser trunfo mais na circulação do que na condução de bola, mas aquele momento intempestivo acabou por ser determinante para as contas finais do jogo.
Schjelderup (4)
Limitado. Não foi trunfo. Longe disso. Pouca chama, muita vontade, mas sem a eficiência que demonstrou durante alguns períodos da época. Perdeu o confronto com Quenda e saiu com muitas queixas físicas, visivelmente limitado.
Aursnes (4)
Apagado. Regressou mas para o... banco. Foi chamado para os últimos minutos da segunda parte mas foi notória a falta de ritmo. Sempre escondido e esteve ligado ao 3-1 de Trincão numa perda de bola no corredor direito.
Belotti (7)
Valente. Aos 31 anos pareceu um jovem carregado de frescura, ambição e vivacidade. Nunca virou a cara à luta, deu mais trabalho aos defesas leoninos do que Pavlidis, fruto do seu poderio físico. Rematou com perigo aos 81’ e isolou Leandro Barreiro (90+8).
Leandro Barreiro (5)
Corajoso. A sua entrada, em cima dos 90’, era para segurar a vantagem mas o Benfica haveria de sofrer... No prolongamento deu fulgor e até esteve perto de marcar (90+8’) mas Rui Silva voltou a ser decisivo.
Di María (6)
Despedida. Terá sido este o último tango do mágico argentino em relvados lusos. Uma despedida inglória, terminada com lágrimas, poucos minutos (os suficientes para agitar e arriscar ainda... três remates) num jogo marcante.