
No mundo competitivo do MotoGP, a margem para falhar é mínima, sobretudo quando se trata de uma estrutura oficial. Rúben Xaus, antigo piloto e hoje uma das vozes mais incisivas do paddock, não deixou margem para interpretações ao abordar o nível de exigência dentro das equipas de fábrica. A sua análise direta e crua durante o podcast Duralavita voltou a acender o debate sobre o que realmente significa correr para uma marca como a Ducati.
‘Aqui não se vem fazer corridas bonitas, vem-se para ganhar campeonatos. Numa equipa oficial exige-se o título. E se não o conseguires, estás fora’, afirmou Xaus com clareza. Para o catalão, a elite do motociclismo não tem espaço para performances medianas ou boas intenções: ou se ganha, ou não se serve. A sua visão remete-nos a um MotoGP onde a pressão dos resultados é absoluta.
Esta mentalidade de resultados imediatos é, segundo Xaus, o que separa os campeões dos restantes. E não se trata apenas de talento, mas de saber viver com essa pressão diariamente. As estruturas de fábrica não são terreno para pilotos em aprendizagem, mas sim para quem está pronto a conquistar. ‘Boas corridas não bastam’, parece ser a mensagem.
A exigência das marcas pode parecer desumana, mas Xaus considera-a necessária para manter o nível competitivo do campeonato. As fábricas investem milhões e querem retorno. Para o espanhol, o MotoGP só se manterá relevante se continuar a ser um desporto onde a vitória dita o futuro. Sem títulos, não há lugar garantido.
As suas declarações deixaram claro que, na sua visão, quem ocupa uma moto oficial e não cumpre com o objectivo máximo deve ceder o lugar a quem o possa fazer. É uma filosofia dura, mas condizente com a elite desportiva. E para Xaus, não há espaço para suavizar a verdade.