Os sócios do Benfica votam sábado, em assembleia geral, o orçamento do clube para 2025/26, que prevê um resultado positivo de 5,5 milhões de euros. À luz do artigo 57.º dos atuais estatutos, aprovados em 2010, é necessária uma "maioria absoluta dos votos dos associados presentes" para que o documento passe.

No entanto, não há qualquer consequência em caso de chumbo. Por exemplo, o orçamento do exercício em curso recebeu, há um ano, 47,61 por cento dos votos favoráveis, contra os 43,2 por cento negativos. Ou seja, não se verificou a tal "maioria absoluta". Em causa estava um resultado positivo de 4,5 milhões de euros.

Esta é a última assembleia geral ordinária antes da convocação das eleições e, por consequência, da entrada em vigor dos novos estatutos, cuja versão final foi aprovada no início de março, com 91 por cento de votos favoráveis. A nova carta magna obriga a segunda versão do orçamento, em caso de chumbo.

"No caso de a proposta de orçamento não ser aprovada em Assembleia Geral, a Direção deve aprovar o orçamento e o plano de investimentos, com eventual inclusão de propostas formuladas pelos sócios (...), sendo obrigatório o parecer do Conselho Fiscal", pode ler-se no ponto do artigo 43.º.

Diferente é o relatório e contas. Se houver dois chumbos, a Direção cairá, provocando eleições apenas para esse órgão, que ficará em funções até final do mandato.