Miguel Oliveira está fisicamente melhor e acredita que as corridas em Le Mans e Silverstone foram pequenas vitórias no seu processo de recuperação. Forma repentina, até demasiado, como Jorge Martín voltou e se lesionou fez português reavaliar o seu próprio caso.

Em entrevista a Manuel Pecino ao PecinoGP no Youtube, citado pelo Motosan, o português começou por dizer: ‘Bem, estou melhor, o melhor que estive nas últimas semanas. A verdade é que a lesão teve uma recuperação um pouco lenta porque não se pôde operar, então tivemos de ter um bocadinho de paciência. Ganhámos, digo ganhámos porque não estava a 100%, mas ainda assim poder fazer Le Mans e Silverstone foi ganhar corridas. Ganhar tempo para me adaptar um bocadinho à moto e ao fim de semana de competição. E nada, pois agora encontro-me bem e animado.’

Refletindo sobre o impacto da lesão e do retorno ao MotoGP, Miguel comentou que o exemplo de Jorge Martín no Qatar foi determinante para a sua abordagem ao regresso:

– Muito simples, no final para ser competitivo em MotoGP tens de estar a 100% fisicamente. Claro que sim, podes conduzir defendendo-te um bocadinho, mas quando vens de uma lesão e sobretudo se essa lesão te obriga a parar mais de duas ou três corridas, tens de repensar um bocadinho os teus objetivos para a corrida de regresso. Sobretudo, porque mentalmente vais querer ser rápido mas não vais conseguir, vais ter uma limitação física nalgum lado.

Oliveira explicou que observar Martín a tentar ultrapassar limitações físicas foi um alerta importante para gerir as expectativas no regresso: ‘A experiência do Jorge foi simplesmente vê-lo de fora, que estava tocado, que queria ser rápido e algumas vezes era rápido. Mas o corpo não acompanhava e é aí que a mente tem de trabalhar um bocadinho mais. Então simplesmente isso, ajudou-me no sentido de não querer chegar e fazer mais do que devia.’

Apesar das dificuldades, o piloto português afirma estar motivado e sente que está novamente a entrar no ritmo competitivo.