O piloto português Miguel Oliveira (Yamaha) lamentou ter sofrido, nesta sexta-feira, um problema técnico na sua mota, que o obrigou a alterar a estratégia nos treinos cronometrados do Grande Prémio da Alemanha, 11.ª ronda da temporada. Despois do 10.º lugar nos treinos livres, o piloto acreditava estar com o ritmo certo para conseguir uma tarde proveitosa, contudo, não foi o que aconteceu.

«Hoje escolhemos a tática errada para fazer a volta rápida. Tive um pequeno problema com a mota e tive de mudar de pneus imediatamente, pelo que saí para a pista mais tempo com os macios», começou por explicar o piloto português, em declarações divulgadas pela equipa Prima Pramac, justificando porque permaneceu na boxe durante os primeiros minutos da sessão. O problema não foi divulgado, mas o diretor da equipa considerou-o «estranho».

Miguel Oliveira terminou a sessão com o 17.º tempo e terá de disputar a primeira fase da qualificação no sábado, em resultado das alterações que a equipa foi obrigada a fazer ao planeado.

«O ritmo não era mau e, apesar da queda [de desempenho dos pneus], já deu para ficar com uma ideia do que podemos fazer na corrida sprint» , explicou o português referindo-se à corrida mais curta que se realiza amanhã.

«Então, por causa da situação dos pneus, tivemos de começar o primeiro 'ataque' à volta rápida, mais cedo do que o planeado. Saí sozinho e consegui um tempo de volta aceitável. Depois disso, estava mais ou menos convencido de sair sozinho novamente para o segundo ataque cronometrado, mas com a equipa decidimos esperar e tentar obter uma referência — e essa acabou por ser a escolha errada. A partir daí, tudo correu mal. Para mim, é pior seguir alguém. Apesar de ter tido algumas dificuldades nos setores 1 e 2, senti que tinha um 1.19m no bolso. Agora vou ter de passar pela Q1. Vamos ver como estão as condições amanhã — se chove, se chove forte ou se há uma mistura — o que seria o cenário mais difícil para nós», lamentou o piloto de 30 anos.

O piloto luso fez a sua melhor volta em 1.20,202 minutos, terminando a 1,131 segundos do mais rápido, o italiano Fabio DiGiannantonio (Ducati), que bateu o espanhol Alex Márquez (Ducati) por 0,337 segundos, com o irmão Marc Márquez (Ducati) em terceiro, a 0,390.