Portugal precisava de ganhar por muitos para continuar no Euro 2025, mas perdeu com a Bélgica (1-2) e disse adeus à competição na Suíça. Jéssica Silva voltou a saltar do banco, mas também não conseguiu ajudar naquilo que faltava às Navegadoras... eficácia.

«Sinto já algum sentimento de impotência, porque a qualidade está lá, vocês podem perceber. Em termos de futebol jogado mais uma vez mostramos que temos qualidade para fazer frente a seleções de topo, mas infelizmente não vos consigo mesmo responder a essa pergunta, o que me deixa bastante triste, deixar o europeu. Provavelmente também é o meu último europeu e, pronto, temos de ir para casa e vamos tristes», começou por dizer a atacante, na zona mista, afirmando que ainda não percebeu esta queda de nível da Seleção nos últimos jogos.

«Não acho que se prenda a falta de comunicação. Nós temos de entrar para cada jogo a querer ganhar, a querer ganhar, ganhar, ganhar, com uma atitude que já tivemos. Não é por falta de atitude, mas sinto que temos de procurar mais o golo, a oportunidade, o último terço, as avançadas, criarmos mais oportunidades e estarmos lá mais em cima, e acho que isso não tem efetivamente existido. Agora porquê, não sei. Vamos para casa, vamos pensar, vamos refletir. Agora também é tempo de descansar, naturalmente é um descanso com um sabor amargo, porque não queríamos isto de todo, mas é isto», acrescentou, não respondendo diretamente se é necessária uma grande mudança na Seleção.

«Não sei, se calhar [risos]. Não sou eu quem dita isso. A verdade é que temos um grupo excelente, temos trabalhado imenso para conquistar, para fazer o nosso caminho. Fizemos um caminho bom, temos de estar orgulhosas daquilo que fizemos nos últimos anos, mas efetivamente agora as coisas não estão a sair e pronto, como vos disse, temos mesmo de refletir, todos juntos. Temos de perceber o que temos de mudar para voltar a ser Portugal, um Portugal a querer vencer a qualquer equipa», explicou, também não dando a sua opinião sobre se o selecionador deve continuar.

«Isso não sou eu que digo. O professor Francisco [Neto] fez um trabalho, e tem feito um trabalho, incrível connosco e é o que é. Essas decisões, eu também estou aqui e sou mais uma jogadora, não sou eu quem dita essas decisões. E apenas honrar também o caminho que nós temos feito e a verdade é que o processo, na grande parte, correu bem. Esta Seleção evoluiu e, como eu já disse anteriormente, quem olhar para nós com olhos atentos, com assiduidade, percebe naturalmente que houve uma evolução na nossa Seleção, isso deve-se ao trabalho da equipa técnica, portanto o resto não sou eu. Vamos continuar a trabalhar e nós confiamos no trabalho desta equipa técnica e se calhar eu também não vou estar cá [risos]. Portanto sou mais uma, mais uma jogadora experiente. Estou cá há muitos anos e vejo com bons olhos a qualidade desta equipa, acredito muito neste grupo de trabalho, mas o resto não... compete-me só jogar, treinar e dar tudo por Portugal», finalizou.