Alguém consegue travar o Liverpool? A turma de Arne Slot viajou até Londres para atropelar o Tottenham por 3-6. Reds aproveitam o deslize do Chelsea para aumentar a vantagem sobre o segundo lugar.
Quem diria que, na ressaca da saída de um treinador histórico e com peso no clube como Jürgen Klopp, a formação de Merseyside estaria a praticar o nível de futebol que apresenta no momento. Slotball no seu esplendor... que o diga Postecoglu.
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Na primeira metade da partida, e apesar do domínio dos forasteiros, o golo demorou a surgir. Salah avisou Fraser Forster em duas situações distintas, mas foi mesmo Luis Diaz quem marcou o primeiro dos nove golos que aconteceriam no Tottenham Hotspur Stadium. Alexander-Arnold levantou o esférico de forma teleguiada até ao colombiano que aparecia de rompante ao segundo poste. Estava feito o primeiro.
A pressão estava do lado dos homens da casa, mas era o Liverpool quem se chegava à frente. Gakpo encarou o adversário, atrasou para Robertson e o lateral escocês cruzou para o segundo poste. Szoboszlai cabeceou e Mac Allister antecipou-se a Forster. A vida dos spurs complicava-se.
Eis que aos 41' minutos... o primeiro rasgo de esperança para Ange Postecoglu & companhia. Maddison aproveitou o duelo entre Kulusevski e Mac Allister para roubar o esférico e rematar, ainda fora da grande área, para o fundo das redes da baliza de Alisson.
Mas rapidamente a esperança se esfumou. O Liverpool voltou a dilatar a vantagem cinco minutos depois. Szoboszlai tinha ficado perto de marcar no segundo golo dos reds, mas foi aos 45+1', servido por Salah, que o jogador húngaro inscreveu o seu nome na lista dos marcadores. No frente a frente com o guardião adversário, o médio fez um túnel com toda a calma e classe. 1-3 e chegava o intervalo... «ufa» diziam os da casa.
Ora marco eu, ora marcas tu
Os segundos 45 minutos seguiram a mesma toada. O Tottenham fiel às suas ideias, a pressionar alto e a subir a linha defensiva para o meio-campo com a intenção de asfixiar o Liverpool. O problema? Do outro lado estava a equipa que é, ao dia de hoje, provavelmente, a formação que melhor contra-ataca no futebol europeu. E assim foi.
Robertson recuperou o esférico, entregou-o a Gakpo que, aproveitando o balanceamento ofensivo dos spurs, o transportou até à área adversária, onde tabelou com Luis Diaz e serviu Salah ao segundo poste. Quatro passes e 13 segundos depois, de uma «extremidade» à outra, estava feito o 1-4 aos 54'.
O 1-5 surgiu aos 60 minutos e de forma similar. O Tottenham decidiu correr riscos e defender homem para homem na última linha. Szoboszlai desmarcou-se nas costas de Archie Gray e, na cara de Forster, só teve de servir Salah. Parecia fácil.
A jogar sob o olhar desiludido dos milhares de adeptos presentes no estádio, a formação londrina puxou dos galões e chegou-se à frente. Solanke assistiu Kulusevski para o 2-5 aos 72', e marcou o 3-5 aos 83'.
Um jogo louco, com um resultado louco... e que ainda teve tempo para mais um golo. Salah serviu Luis Diaz para o segundo da conta pessoal e para se tornar o primeiro jogador da história da competição com dez ou mais golos e assistências antes do Natal. 3-6 no marcador, e o Liverpool a isolar-se na liderança da Premier.