Apesar das recentes mudanças na estrutura da equipa Prima Pramac Yamaha, Jack Miller ainda não está fora da corrida por um lugar no MotoGP em 2026. Com a chegada confirmada de Toprak Razgatlioglu, o primeiro piloto turco na categoria rainha, a pressão sobre os restantes lugares intensificou-se — mas a Yamaha parece disposta a dar a Miller tempo para provar o seu valor.

O australiano tem-se mostrado valioso não tanto pelos resultados em pista, mas pela qualidade do seu feedback técnico, algo que tem sido crucial para o desenvolvimento da M1. A evolução da mota em 2025, considerada por muitos como um salto competitivo, deve-se em parte às suas contribuições, o que lhe granjeou respeito dentro da equipa técnica da Yamaha.

Embora actualmente ocupe o 16.º lugar no campeonato e tenha como melhor resultado um quinto lugar em Austin, Miller está ao nível de Alex Rins, piloto da equipa de fábrica. Já Miguel Oliveira, apesar de ter uma opção contratual válida para 2026, tem tido uma época prejudicada por lesões e apenas somou três pontos.

A Yamaha parece reconhecer esse contexto e, segundo fontes internas, terá dado a Miller até à pausa de verão para demonstrar que merece o lugar. Essa decisão dá-lhe um prazo claro e uma oportunidade concreta para manter-se no paddock da MotoGP.

A experiência e dedicação de Miller, aliadas à sua afinidade com a Yamaha, podem ser o diferencial decisivo. Caso continue a ajudar no desenvolvimento da mota e melhore os seus resultados, ainda poderá assegurar o lugar ao lado de Razgatlioglu na grelha de 2026.