
Henrique Calisto, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, colocou-se ao lado do Vitória na proposta de alteração regulamentar que os minhotos vão colocar à consideração dos clubes, em Assembleia Geral da Liga Portugal. O dirigente recém-eleito concorda que o artigo 82.º do Regulamento das Competições deve ser retificado por considerar redutor que apenas os técnicos que garantem a subida e se mantêm nos mesmos clubes possam ser inscritos como principais, mesmo que tenham o nível III. Em entrevista ao Grupo Santiago, Henrique Calisto defendeu que este regime de exceção deve ser alargado para passar a permitir que os treinadores que subam de divisão possam treinar qualquer emblema no escalão acima na época seguinte, o que, a acontecer, libertará Luís Pinto e Vasco Botelho da Costa.
"Neste momento, o Regulamento de Competições da Liga diz que um treinador com o Nível III e a frequentar o Nível IV/UEFA Pro poderia acompanhar a sua equipa no caso de subida à Liga. Portanto, não havia problemas nesse caso. O problema que se coloca neste momento é que tanto o Luís Pinto como o Vasco Botelho da Costa irão trabalhar em clubes que não são os que eles subiram. O que nós sabemos, o que consta, é que vai ser apresentada uma proposta no sentido de que um treinador que sobe de divisão poderá trabalhar no escalão que, por direito próprio, conquistou. A Associação Nacional de Treinadores concorda com isso, evidentemente, porque a primeira premissa que outorgava ao treinador o direito de treinar a equipa que subiu está dentro de um grande chapéu que é a meritocracia. Seria um bocado redutor se ele ficasse só no clube que sobe", disse.
Tanto Luís Pinto como Vasco Botelho da Costa, recorde-se, estão a frequentar o curso para adquirir o nível IV.