
Romário Cunha, o nome da noite. Defendeu três grandes penalidades frente à campeã em título, a Itália. A seleção Portuguesa desforrou-se da derrota do ano passado. Portugal volta a estar na final, pelo segundo ano consecutivo.
O jogo começou morno sem grandes oportunidades. Sem perigo, a seleção italiana foi dominando o jogo até ao seu golo, ao minuto 20. Grande penalidade cometida por Mauro Furtado, deu a oportunidade aos italianos de inaugurarem o marcador. Romário Cunha ainda conseguiu fazer uma grande defesa, mas não evitou a recarga de Samuele Inácio que fez o 1-0.
Apesar do golo sofrido, Portugal não se conteve e foi para cima, em busca do empate, que chegou oito minutos depois, numa grande transição, finalizada por Stevan Manuel, que fazia o seu primeiro golo no Europeu. Até ao final da primeira parte, o jogo voltou a mostrar-se equilibrado, novamente sem grandes oportunidades.
Na segunda parte, Portugal entrou bem diferente, mais tranquilo e a querer chegar ao 2-1, mas os sorrisos foram para o lado italiano. Aos 59’, um grande remate de Baralla, sem hipóteses para o guarda-redes português, a fazer o segundo tento italiano em Tirana.
O golo deu tranquilidade aos campeões em título, mas aos 67’, a genialidade de Mateus Mide e mais uma entrada mortal de Tomás Soares no jogo com um belo remate, a restabelecer o empate no marcador. O extremo voltou a sair do banco para ser fundamental no jogo.
Portugal continuava a acreditar e esteve por cima do encontro até ao final, mas o golo da reviravolta não apareceu, com o jogo a seguir para as grandes penalidades.
E aqui apareceu o herói da noite. Romário Cunha inspirou-se em Diogo Costa (curiosamente o guarda-redes do último título de sub-17), defendeu três grandes penalidades e levou Portugal para a final do Europeu (3-4). Yoan Pereira, Gil Neves e Martim Chelmik converteram a sua grande penalidade. Tomás Soares e Gabriel Dbouk viram os seus remates serem parados por Sebastiano Nava.
Instinto, foi o ponto chave para defender três grandes penalidades, diz Romário Cunha: «Foi instinto, fui na fé, é uma sensação incrível ajudar a equipa. Agora, estamos prontos para a final e vamos com tudo.»
Bino Maçães, selecionador português, mostrou-se muito satisfeito com a passagem à final: «É um prémio merecido para os jogadores. Uma equipa que esteve duas vezes em desvantagem e teve sempre uma boa reação. Muitos parabéns a eles. Nós queremos mais e queremos vencer a final»
Final é no próximo domingo, frente à França, que eliminou a Bélgica ao vencer por 3-2.