Em 2024, a Yamaha decidiu reforçar-se na Ducati, contratando Max Bartolini para o cargo de diretor técnico no MotoGP – confiando um cargo técnico de topo a um europeu, como raramente aconteceu entre os construtores japoneses.

A necessidade de fazer melhorias significativas na moto para voltar à luta pelos lugares cimeiros – em particular ao nível do motor – moveu a Yamaha para esta decisão.

Mas o quão perto esteve Bartolini de se manter na Ducati, que tem sido o construtor dominador no MotoGP? O italiano revelou ao site Motosan.es que houve uma contra-proposta, mas o desafio profissional falou mais alto:

Fizeram-me uma oferta. A motivação para mudar era principalmente uma: o desafio. E isso, na minha opinião, não era possível na Ducati porque já tinha uma estrutura estabelecida. Tentaram fazer todos os possíveis para me manter, agradeço, foram muito amáveis comigo, mas não existia a possibilidade de ter esse tipo de desafio ou crescimento eventual lá. Sinceramente, depois de 20 anos também tinha curiosidade para ver como era outra coisa.

Na Ducati, Bartolini estava encarregado de supervisionar o rendimento geral da moto aos vários níveis, de modo a obter o melhor conjunto. Já na Yamaha, as funções são um misto: ‘Chamam-me de diretor técnico, embora na realidade nunca tenha havido um diretor técnico na Yamaha porque os japoneses sempre tiveram um diretor de projeto e continuam a tê-lo. Obviamente não posso seguir a parte do desenho porque vou às corridas e o Japão é um pouco longe. Digamos que é um misto entre diretor técnico e o que segue o desempenho, a tentar sempre extrair o melhor do conjunto e dar uma direção para o desenvolvimento da moto. Sou o diretor técnico e diretor de projeto. Depois, estão os outros engenheiros’.