Yannick Agnel, bicampeão olímpico de natação, vai a tribunal, acusado de agressão sexual e violação de uma menor. O antigo atleta arrisca entre 15 e 20 anos de prisão.

O nadador de 32 anos é acusado de violar e agredir sexualmente uma menor em 2016, ano em que decidiu retirar-se, após falhar a qualificação para a final dos 200 metros livres nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O atleta francês é suspeito de ter tido um relacionamento com uma rapariga de 13 anos e de a ter agredido sexualmente. O antigo nadador alega, no entanto, que a relação foi consensual.

«Um homem de 23 anos não pode ter relações sexuais com uma menina de 13 anos»

Segundo a Gazzetta dello Sport, o Ministério Público alega que os factos de que Agnel é acusado ocorreram entre 31 de dezembro de 2015 e 31 de agosto de 2016, em vários locais, como Mulhouse, Tailândia e Tenerife.

Neste período, Agnel terá abusado sexualmente de Naome Horter, filha de Lionel Horter, o seu treinador.

«Quem investigou o caso em Mulhouse reforça algo que deveria ser natural, de acordo com o bom senso, ou seja, que um homem de 23 anos não pode ter relações sexuais com uma menina de 13 anos», disse o advogado da vítima, Thomas Wetterer.

Celine Lasek, uma das advogadas de Agnel, disse que irá recorrer da decisão.

Na quinta-feira, 15 de maio, o Ministério Público de Mulhouse anunciou que Yannick Agnel será presente a tribunal em Haut-Rhin, onde será julgado pelas acusações que lhe são imputadas.

Yannick Agnel alcançou os seus primeiros feitos em 2010, nos Europeus de Natação. Nessa altura, conquistou o ouro nos 400 metros livres. Dois anos depois, nos Jogos Olímpicos de Londres, o atleta natural de Nîmes tornou-se campeão olímpico nos 200 metros livres e na estafeta de 4x100 metros livres. Além disso, Agnel conquistou uma prata com a equipa francesa em 4x200 metros livres.