A Áustria viveu esta terça-feira uma tragédia. Um ex-aluno de 21 anos entrou armado numa escola na cidade de Graz e matou a tiro dez pessoas.

Inicialmente, as autoridades confirmaram 10 mortos, incluindo o atirador, e 12 feridos em estado grave mas um dos dois feridos, que corria perigo de vida não resistiu e, morreu no hospital.

Entre as vítimas, há seis mulheres e três homens, entre os quais alunos da escola mas as idades não foram avançadas pelas autoridades.

O presumível autor do ataque agiu sozinho e suicidou-se nas casas de banho do edifiício, adiantou a polícia, que sobre o suspeito apenas revelou que tinha 21 anos, é austríaco, ex-aluno da escola e usou uma espingarda e uma pistola para efetuar o ataque.

A posse das armas era legal e o suspeito não estava referenciado pelas autoridades.

A escola foi evacuada e criado um perímetro de segurança no local.

No local, em conferência de imprensa, o chanceler Christian Stocker lamentou a “tragédia nacional”.

“Este é um dia negro, de uma violência impensável”, declarou à imprensa, anunciando três dias de luto nacional.

Encontrada carta de despedida

Horas depois do ataque, as autoridades, avança o jornal Kronen, terão encontrado uma carta de despedida na casa do ex-aluno.

Perante esta tragédia, vários dirigentes europeus, incluindo o primeiro-ministro português, manifestaram o seu “choque” e “consternação” pelo sucedido.

“Todas as crianças devem sentir-se seguras na escola e poder aprender livremente, sem medo e sem violência”, reagiu a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, na rede X.

“As notícias de Graz tocam-me no coração”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “É difícil aceitar que as escolas se tornem locais de morte e violência”.

Também na rede social X, a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, disse ter tomado conhecimento “com tristeza, das trágicas notícias” em Graz e expressou a “solidariedade” para com a Áustria, tal como o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.

“Os nossos pensamentos estão com os nossos amigos e vizinhos austríacos e partilhamos a sua dor”, reagiu o chanceler alemão Friedrich Merz.

Também esta manhã de terça-feira, em França, uma assistente escolar foi esfaqueada mortalmente por um aluno do ensino secundário no exterior da escola. Um incidente que o Presidente Emmanuel Macron descreve como uma “onda de violência sem sentido”.