André Villas-Boas repudiou esta quarta-feira “o ataque vil, bárbaro e cobarde” a adeptos do FC Porto por parte de apoiantes do Sporting, prometendo que o clube irá até “às últimas consequências” para que os autores “paguem forte pelos crimes”.

“Repudio este ataque vil, bárbaro e cobarde, em todos os sentidos, contra os adeptos do FC Porto. É algo que não podemos fazer vista grossa. […]. É uma tentativa de homicídio a adeptos do FC Porto feita na via pública”, defendeu em declarações aos jornalistas, na Universidade de Rutgers, em Nova Jérsia, ‘quartel-general’ dos ‘azuis e brancos’ no Mundial de clubes de futebol.

Na terça-feira, quatro adeptos do FC Porto ficaram feridos, dois dos quais com maior gravidade, depois de um grupo de 10 a 20 adeptos do Sporting ter lançado um engenho incendiário para dentro da viatura em que seguiam, após o quinto jogo das ‘meias’ do Nacional de hóquei em patins, que ditou o apuramento dos ‘dragões’ para a final.

“Sendo um ato cometido na via pública e uma tentativa de homicídio evidente, o caso está bem entregue às autoridades judiciais para encontrarem a melhor forma de culparem os suspeitos. O FC Porto vai até às últimas consequências, apoiando a vítima e os seus familiares. Sabemos que todos os adeptos já estão de regresso a casa e, quando chegarmos à Invicta, trataremos de os apoiar da melhor forma possível”, salientou.

O presidente portista agradeceu à ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, ao secretário de Estado do setor, Pedro Dias, à Polícia Judiciária e à Polícia de Segurança Pública, que “trabalharam afincadamente para rapidamente encontrar os suspeitos”.

“Desejamos que estes paguem forte pelos crimes que cometeram. São imagens violentas que entraram em muitas casas, por isso não nos chegam apenas os comunicados. Precisamos do apoio do Governo e dos órgãos de comunicação social para levar uma nova educação ao desporto e expulsar este tipo de comportamentos da sociedade”, argumentou.

André Villas-Boas enalteceu ainda o trabalho da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) e do seu presidente, Rodrigo Cavaleiro, pela “prontidão” com que atuaram sobre o caso.

Depois de o Sporting ter condenado na terça-feira, em comunicado os incidentes que levaram à detenção de três suspeitos junto ao Pavilhão João Rocha, em Lisboa, Frederico Varandas voltou a repudiar esta quarta-feira aquele que definiu como um “ataque criminoso, bárbaro”, considerando que os seus autores “não representam os valores do clube, não representam os valores do desporto e não devem ter lugar em nenhum recinto desportivo”.

“Ainda não falei com o presidente do Sporting, ainda não entrou em contacto comigo. Registei o comunicado do clube e as declarações do presidente. Recordo que há uns anos o FC Porto sofreu um ataque também por parte de adeptos do Sporting e o doutor Domingos Gomes salvou dois adeptos do Sporting da morte. São situações graves que devem ser condenadas, o Sporting condenou-as”, notou.

Para o líder ‘azul e branco’, os clubes, nomeadamente os três grandes, têm de estar alinhados no combate à violência no desporto, algo que, na sua opinião, se tem registado.