O presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Economia e Coesão Territorial, na sequência de um requerimento do Chega e do PS, em que foi confrontado pelos deputados com os alertas relativos aos atrasos no programa.

"A única entidade que refere se os marcos e metas estão ou não cumpridos é a Comissão Europeia", afirmou o presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, após a segunda ronda de intervenções dos deputados.

Segundo o último relatório de monitorização, dos 438 marcos e metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 145 já foram validados pela Comissão Europeia e 59 estão em avaliação.

Para o responsável, tudo o que se tem falado em relação ao que se vai ou não fazer e às suspeitas sobre a utilização dos fundos são, neste momento, especulações.

"Eu não posso trabalhar com especulações. Os dados reais são aqueles que foram publicados", rematou.

Nos últimos meses, algumas entidades têm mostrado preocupação quanto à execução e ao respetivo prazo do PRR, que termina em agosto de 2026, como a Comissão Nacional de Acompanhamento ou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.

Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

A Estrutura de Missão Recuperar Portugal foi criada para negociar e monitorizar a execução do PRR.