
No total, foram registados 2.849 pedidos em 2024, enquanto em 2023 tinham sido 3.083, com a maioria dos casos referentes ao Senegal (15%), Gâmbia (14%) e Colômbia (9%), de acordo com o Relatório Anual sobre a Situação do Asilo na União Europeia.
Destes pedidos, 785 casos foram negados, um aumento de 500% em relação a 2023, ano em que foram recusados apenas 131 pedidos.
Hoje, dia mundial do refugiado, a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA, na sigla inglesa), faz um balanço europeu deste tipo de proteção internacional na Europa, num momento em que foi adotado o Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo.
"Embora o número de pedidos tenha diminuído 11% em 2024, os países da UE+ [União Europeia, Noruega e Suíça] receberam mais de um milhão de pedidos de proteção internacional pelo segundo ano consecutivo", refere o relatório anual.
"Além disso, 4,4 milhões de pessoas deslocadas da Ucrânia encontravam-se sob proteção temporária na Europa, o que originou uma pressão contínua sobre os sistemas nacionais de asilo e acolhimento", referem os autores.
Por outro lado, "quase quatro quintos de todos os pedidos nos países da UE+ foram recebidos por apenas cinco países: Alemanha (237.000 pedidos), Espanha (166.000), Itália (159.000), França (159.000) e Grécia (74.000)", com Portugal a ficar em 18.º lugar em toda a UE+.
E se forem analisados os pedidos de asilo em relação à dimensão populacional, "Chipre e a Grécia receberam o maior número de pedidos per capita", com Portugal a ficar na metade mais baixa do ranking.
"As cinco principais nacionalidades dos requerentes de proteção internacional em países da UE+ mantiveram-se idênticas às de 2023: sírios (151.000 pedidos), afegãos (87.000), venezuelanos (74.000), turcos (56.000) e colombianos (52.000)", refere ainda o relatório.
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